Homem fere seis em ataque na Nova Zelândia
3 de setembro de 2021Autoridades da Nova Zelândia afirmaram nesta sexta-feira (03/09) que a polícia matou a tiros um extremista violento que invadiu um supermercado e feriu seis pessoas a golpes de faca.
A primeira-ministra do país, Jacinda Ardern, descreveu o incidente como um atentado terrorista e afirmou que três dos seis feridos estão em estado grave. "Foi um ataque violento e insensato contra inocentes neozelandeses", declarou. "E sinto muito que tenha acontecido."
Ardern disse que o agressor era um cidadão do Sri Lanka que chegou à Nova Zelândia em 2011. Ele teria se inspirado no grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) ao perpetrar o ataque.
Segundo a premiê, o homem já era conhecido das agências de segurança nacionais e vinha sendo monitorado 24 horas por dia. "Era tido como uma ameaça desde 2016", afirmou Ardern, mas "por lei não podia ser mantido na prisão".
O atentado ocorreu por volta das 14h40 (hora local) desta sexta-feira, em um supermercado da rede Countdown em Auckland, maior cidade da Nova Zelândia.
A primeira-ministra afirmou que, como o homem estava sob constante monitoramento, uma equipe de vigilância policial e do Grupo de Ações Táticas Especiais (STG, na sigla em inglês) conseguiu conter o agressor dentro de 60 segundos após o início do ataque.
"Equipes de vigilância estavam muito próximas"
O comissário de polícia, Andrew Coster, afirmou que as autoridades já estavam preocupadas com as ideologias do homem e o acompanhavam de perto. Nesta sexta, ele havia sido seguido por agentes de sua casa até o supermercado onde feriu clientes, confirmou Coster.
"Ele entrou na loja, como já havia feito outras vezes. Ele pegou uma faca de dentro da loja", contou o comissário de polícia. "Equipes de vigilância estavam tão próximas quanto possível para monitorar sua atividade."
Coster relatou que, quando a comoção teve início dentro do supermercado, dois policiais do STG correram para dentro da loja. Após serem ameaçados pelo suspeito com a faca, os agentes atiraram contra ele e o mataram, disse o comissário. Um vídeo feito dentro do supermercado gravou o som de dez tiros sendo disparados em rápida velocidade.
Clientes teriam ajudado a estancar o sangue dos feridos com toalhas e fraldas. "A todos que estavam lá e testemunharam este evento terrível, eu não consigo imaginar como eles estão se sentindo depois disso", disse a primeira-ministra neozelandesa. "Mas obrigada por vir em auxílio daqueles que precisaram de vocês quando eles precisaram de vocês."
A cidade de Auckland está atualmente em um lockdown estrito, enquanto luta contra um surto de coronavírus. A maioria das empresas está fechada, e os cidadãos estão autorizados a deixar suas casas apenas para comprar mantimentos, por necessidades médicas ou para se exercitar.
ek (AP, AFP, Lusa, Reuters)