Alemanha-Brasil
18 de fevereiro de 2011O presidente mundial do Instituto Goethe, Klaus-Dieter Lehmann, está no Brasil para fundar, nesta sexta-feira (18/02) em São Paulo, o Círculo de Empresas Amigas do Instituto Goethe, uma união que tem por finalidade coordenar atividades entre as maiores empresas alemãs no Brasil e o setor cultural. A iniciativa já existe em outros países, como China e Índia.
"Apenas em São Paulo, há 800 empresas de origem alemã. Isto só acontece no Brasil", comenta Lehmann. Entre as empresas do maior pólo industrial alemão fora da Alemanha que estarão representadas no Círculo de Empresas Amigas do Instituto Goethe destacam-se a Allianz, Volkswagen, Audi, Basf, Deutsche Bank, Evonik, Hamburg Süd, Henkel, Hochtief, Lanxess, Mercedes Benz, Merck, Roland Berger, Siemens e ThyssenKrupp Bilstein.
Geração de relacionamentos
Ao mesmo tempo, a visita dá início ao planejamento das ações para o Ano da Alemanha no Brasil, em 2013, que inclui a participação brasileira na Feira do Livro de Frankfurt, o maior evento mundial do setor. O Brasil, que já foi homenageado em 1994, será novamente o país convidado em 2013.
"Desejamos que o Ano da Alemanha no Brasil não seja ancorado apenas em eventos que se desfazem no ar como fogos de artifício, mas que gere relacionamentos", explica Lehmann. O objetivo é "construir infraestruturas e consolidar acordos que continuem ativos mesmo depois do ano comemorativo", reforça.
Além de manifestações culturais, o Ano da Alemanha no Brasil deve envolver os setores da economia, da política e da ciência e tecnologia.
Responsabilidade social
Klaus-Dieter Lehmann já veio algumas vezes ao Brasil. Foi ele quem trouxe, em 2006, a exposição Deuses Gregos - Coleção do Museu Pergamon de Berlim, para o Museu de Arte Brasileira da FAAP, em São Paulo.
Segundo ele, nos últimos 20 anos, tanto a Alemanha quanto o Brasil passaram por várias transformações, sobretudo no âmbito de sua história política e no desenvolvimento sócio-econômico e cultural. "O Brasil é um país dinâmico, em constantes mudanças. Por outro lado, a Alemanha se reunificou..." Portanto, diz ele, "é preciso reajustar as relações".
O diretor do Instituto Goethe São Paulo e para a América do Sul, Wolfgang Bader, explica a importância da visita de Lehmann: "A economia já tem uma vocação para se preocupar com a cultura. Por isso, o Instituto Goethe se lança como interlocutor para desenvolver a responsabilidade social e cultural ao lado das empresas alemãs que trabalham no Brasil e que se preocupam com as relações entre os dois países".
"O compromisso com as relações culturais não é só uma tarefa pública, mas também um dever dos setores privados", conclui Bader.
Autora: Svea Kröner
Revisão: Roselaine Wandscheer