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Inteligência alemã não vê sinais de enfraquecimento de Putin

23 de maio de 2023

Críticas internas à guerra na Ucrânia não ameaçam o governo russo, que dispõe de soldados e equipamento suficientes para prosseguir com o conflito, afirma chefe do Departamento Federal de Investigações da Alemanha.

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Vladimir Putin
"Não vemos fissuras no sistema de Putin", disse o chefe do BNDFoto: Mikhail Klimentyev/Kremlin/Sputnik/REUTERS

Passados 15 meses desde o início da guerra na Ucrânia, não há sinais de um enfraquecimento do presidente russo, Vladimir Putin, cujo regime segue estável, apontou o Departamento Federal de Investigações (BND), o serviço de inteligência externa da Alemanha.

"Não vemos fissuras no sistema de Putin", disse o chefe do BND, Bruno Kahl, nesta segunda-feira (22/05).

Kahl afirmou que, apesar de críticas isoladas na Rússia à condução da guerra no país vizinho – relativas ao fornecimento de munição, por exemplo –, não há indícios de que o regime de Putin esteja ameaçado.

"A Rússia continua em condições de travar uma guerra de longo prazo", afirmou Kahl, apontando que, para isso, o país pode sempre recrutar novos soldados.

Segundo o presidente do BND, Moscou também dispõe de equipamento militar e munição suficientes.

Kahl reconheceu haver vulnerabilidades, entre elas o desempenho das Forças Armadas russas, mas afirmou que, se o Ocidente não apoiar a Ucrânia de maneira muito bem organizada, a estratégia de longo prazo de Putin pode vir a prevalecer.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. Atualmente, a disputada cidade de Bakhmut, no leste ucraniano, está no epicentro da guerra.

No último domingo, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, afirmou que Bakhmut, palco de uma ferrenha batalha entre tropas russas e ucranianas desde agosto de 2022, foi completamente destruída, mas negou que ela tenha sido tomada pelas forças russas.

No sábado, o chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, havia anunciado a tomada da cidade, o que foi em seguida afirmado também pelos militares russos.

lf/as (DPA/Reuters)