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Irã admite possibilidade de queda de Assad

30 de outubro de 2015

Aliado do presidente sírio, Teerã "não vai insistir para que Assad fique no poder para sempre", diz vice-ministro do Exterior. Em Viena, delegações de quase 20 países buscam solução para guerra civil.

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Secretário de Estado americano, John Kerry (esq.), e ministro do Exterior do Irã, Javad Sarif, em VienaFoto: picture-alliance/dpa

Diplomatas de vários países, incluindo os rivais Irã e Arábia Saudita, estão reunidos nesta sexta-feira (30/10) em Viena, na Áustria, para discutir uma solução pacífica para a guerra civil na. Esta é a primeira vez que Teerã, principal aliado do regime sírio ao lado Rússia, participa de negociações sobre o conflito.

Autoridades iranianas sinalizaram que aceitariam um possível afastamento do presidente sírio, Bashar al-Assad, para por fim aos quatro anos de guerra, que deixaram milhares mortos e deslocados no país, além de provocar a fuga de milhões de refugiados.

"O Irã não vai insistir para que Assad fique no poder para sempre", afirmou o vice-ministro do Exterior do Irã, Amir Abdollahian, à imprensa local.

"É claro que vai depender do povo sírio a decisão sobre o futuro do país", afirmou outra autoridade iraniana à agência de notícias Reuters.

Antes do início do encontro, o ministro do Exterior da França, Laurent Fabius, disse que é necessário organizar a "transição política". "Assad, que é responsável por grande parte da tragédia na Síria, não pode ser considerado o futuro do país", afirmou.

No encontro, os Estados Unidos e a Arábia Saudita esperam saber se o Irã e a Rússia estariam dispostos a deixar de apoiar o regime Assad.

Moscou já manifestou interesse na realização de eleições parlamentares e presidenciais na Síria, mas a ideia foi rejeitada por rebeldes, que alegam a total falta de infraestrutura no país e a ameaça de jihadistas do grupo "Estado Islâmico" (EI).

Representantes do regime sírio e da oposição não participam das conversações em Viena, que contam com a presença de delegações de 17 países, incluindo EUA, Reino Unido, Egito, Alemanha, França e Turquia, além de representantes da ONU e da União Europeia.

KG/afp/rtr/ap