Israel condena membro do Hamas à prisão perpétua
6 de janeiro de 2015Na semana passada, o palestino Hussam Kawasmeh, nascido em Hebron na Cisjordânia, foi considerado culpado pelo tribunal militar de Israel pelo envolvimento no sequestro e assassinato de três estudantes israelenses de religião, em meados de junho. Nesta terça-feira (06/01), uma comissão de três os juízes em Ofer, perto de Ramallah, anunciou a sentença: três penas de prisão perpétua.
Além disso, o ativista do grupo radical Hamas terá de pagar 750.000 de shekels novos (cerca de 512.000 reais) em indenização às famílias das vítimas. Segundo o veredicto, Kawasmeh foi responsável pelo planejamento e financiamento dos assassinatos.
O palestino de 40 anos foi preso em agosto tentando atravessar a fronteira com a Jordânia. Ele teria confessado. Outros dois supostos envolvidos, Marwan Kawasmeh e Amer Abu Aischa, que também eram membros do Hamas, foram mortos em setembro em um confronto com soldados israelenses, segundo comunicado do próprio Exército de Israel.
Crimes culminaram em guerra de sete semanas na Faixa de Gaza
Em 12 de junho, os estudantes Gilad Schaer e Naftali Frenkel, de 16 anos, e Eyal Yifrach, de 19, estavam viajando ao sul de Jerusalém quando foram sequestrados e assassinados. Seus corpos foram encontrados 18 dias depois escondidos sob rochas ao norte de Hebron.
Em julho, provavelmente por vingança pela morte dos estudantes, três jovens israelenses sequestraram um jovem palestino e o lincharam, em Jerusalém. Os israelenses foram acusados de assassinato e aguardam julgamento.
Os crimes – as mortes do jovem palestino e dos três israelenses – e as constantes batidas policiais contra supostos ativistas do Hamas elevaram a tensão entre ambos os lados. Além disso, há meses militantes palestinos estavam intensificando os lançamentos de foguetes a partir de Gaza.
Israel reagiu com uma ofensiva militar. Nas sete semanas de guerra na Faixa de Gaza, entre julho e agosto, morreram mais de 2.100 palestinos, a maioria deles civis, segundo autoridades palestinas. Israel registrou a morte de 67 soldados e seis civis.
PV/rtr/afp/dpa