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Oriente Médio

(sm)1 de abril de 2007

Após encontro com chanceler federal alemã, Angela Merkel, o premiê israelense, Ehud Olmert, convida países árabes para conferência de paz. UE também aposta em maior proximidade com o novo governo palestino.

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Premiê israelense, Ehud Olmert, e Angela MerkelFoto: AP

A União Européia vê novas chances para um processo de paz no Oriente Médio. Durante sua atual viagem à região, Angela Merkel, primeira-ministra da Alemanha e presidente de turno da União Européia, disse reconhecer novas perspectivas de negociação.

Após um encontro com Merkel, em Jerusalém, o premiê israelense, Ehud Olmert, convidou neste domingo (01/04) os países árabes moderados, a começar pela Arábia Saudita, a se reunirem com ele e com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, para uma conversa aberta. Olmert declarou que aproveitaria a ocasião da visita de Merkel para lançar esse convite.

Nos dois primeiros dias de sua visita ao Oriente Médio, Merkel insistiu que a pacificação do Oriente Médio depende da criação de um Estado palestino que reconheça o direito de existência de Israel. Mesmo que esta seja uma perspectiva de longo prazo, ela acredita que a solução de outros conflitos na região dependa disso.

A premiê alemã exigiu que o novo governo palestino e o Hamas dêem um "sinal de séria determinação" e realmente coloquem em prática os critérios do Quarteto para o Oriente Médio (EUA, Rússia, UE e ONU). Isso inclui, além do reconhecimento de Israel, a suspensão da violência e a implementação de todos os acertos feitos até agora.

Quebrar o gelo com o governo palestino

Num encontro realizado em Bremen neste fim de semana, os ministros do Exterior da comunidade decidiram fortalecer o contato com os novos membros de governo palestino que não pertencem à organização extremista Hamas.

A UE assegurou à Liga Árabe "todo o apoio" na implementação das decisões tomadas em seu último encontro de cúpula, realizado na semana passada em Riad. A associação de países árabes concordou em reconhecer o Estado de Israel, sob condição de que o governo israelense desocupe os territórios invadidos em 1967 e permita o retorno dos fugitivos palestinos. O chefe da política externa da União Européia, Javier Solana, considera importante o fato de Israel ter reagido positivamente à proposta da Liga Árabe.

Desde a eleição de um governo liderado pelo Hamas, em março de 2006, a UE limitou seus laços com os palestinos à ajuda humanitária à população. Os ministros do Exterior europeus decidiram, no entanto, que a ajuda financeira européia também pode chegar à população de forma "menos direta". Isso significa que os recursos poderão ser empregados para consolidar e garantir o funcionamento das instituições estatais palestinas.