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Itália decreta estado de emergência após terremoto

26 de agosto de 2016

Total de mortos pelo abalo sísmico ultrapassa 260, segundo Defesa Civil. Governo anuncia pacote inicial de ajuda no valor de 50 milhões de euros. Em Amatrice continuam as buscas por sobreviventes.

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Técnicos de resgate formam corrente em Amatrice
Técnicos de resgate formam corrente em AmatriceFoto: Getty Images/AFP/P. Monteforte

O número de mortos no terremoto que devastou a região central da Itália aumentou nesta sexta-feira (26/08) para 267. A Defesa Civil confirmou a morte de 207 pessoas em Amatrice, a cidade mais devastada pelo sismo, além de outras 49 em Arquata Del Tronto e 11 em Accumoli. Os hospitalizados somavam 387, alguns já foram liberados.

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, anunciou a decretação do estado de emergência e confirmou a aprovação de um pacote inicial de ajuda, no valor de 50 milhões de euros.

"Temos que pensar na reconstrução, temos uma obrigação moral com as mulheres e homens destas comunidades", disse Renzi, ressaltando que a tarefa de devolver a normalidade às localidades atingidas será uma "prioridade do governo e do país". Como dado positivo, o chefe de governo enfatizou que 215 pessoas foram resgatadas vivas.

As buscas por sobreviventes prosseguem em Amatrice, após serem encerradas em Arquata Del Tronto e Accumoli. Um porta-voz do Corpo de Bombeiros disse que as autoridades ainda se mantêm otimistas quanto a possibilidade de encontrar pessoas vivas sob os escombros. "Estamos ainda na fase da esperança", afirmou.

Imagens dos estragos causado pelo terremoto na Itálila

Segundo a Defesa Civil, o sismo teve mais de 900 réplicas desde o primeiro abalo, na quarta-feira. O Ministério da Cultura informou que 293 locais considerados patrimônio histórico foram danificados, com estragos graves em 50 deles.

As autoridades estão sob forte pressão para iniciar os trabalhos de reconstrução e evitar entraves burocráticos e práticas de corrupção que assolam os serviços públicos italianos.

Renzi afirmou que os recursos devem ser gastos adequadamente "em respeito ao povo italiano, uma vez que muito dinheiro foi desperdiçado e mal gasto em emergências anteriores". A cidade de Áquila, devastada em 2009 por um terremoto que matou mais de 300 pessoas, ainda está longe de ser reconstruída.

RC/efe/dpa