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Itália dá adeus a moedas de 1 e 2 cents de euro

27 de maio de 2017

Custo de produção das moedinhas de cobre é até quatro vezes superior a seu valor nominal. Comissão parlamentar estima em 20 milhões de euros a poupança resultante da medida. Outros países cogitam seguir exemplo italiano.

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Moedas de 1 e 2 cents de euro sobre mapa da Itália
Moedas de 1 e 2 cents de euro sobre mapa da ItáliaFoto: picture-alliance / Picture-Alliance / dpa

A partir de 1º de janeiro de 2018, a Itália deixará de cunhar moedas de 0,01 e 0,02 euro, decidiu neste sábado (27/05) a Comissão de Balanço da Câmara dos Deputados em Roma. Pouco a pouco as menores peças monetárias sairão de circulação, com os preços sendo consequentemente arredondados para o múltiplo de 0,05 euro mais próximo.

A proposta partiu do Partido Democrático (PD), do ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, sob a justificativa de que as pequenas moedas de cobre trariam prejuízos para o comércio. A Comissão de Balanço italiana estima a economia resultante em "pelo menos 20 milhões de euros por ano".

Há já bastante tempo ouvem-se no país críticas à dificuldade de manuseio das peças, assim como aos altos custos de produção em relação ao valor nominal, os quais, segundo cálculos apresentados pelo PD, são de cerca de 0,045 euro para cada moeda de 1 cent, e a 0,052, para as de 2 cents.

Outros países da zona do euro também já debatem há tempo a sugestão de abolir as unidades menores. Numa enquete realizada em 2015 na Alemanha, a maioria se pronunciou pelo adeus à moedinhas de cobre. Na cidade alemã de Kleve, na fronteira com a Holanda, há mais de um ano elas estão fora de uso.

Em contrapartida encontram resistência entre a população propostas como o fim definitivo do dinheiro em espécie ou a imposição de limites máximos para o pagamento em numerário.

AV/dpa,ots