Justiça decreta prisão de viúva do embaixador grego
31 de dezembro de 2016A polícia do Rio de Janeiro afirmou nesta sexta-feira (30/12) que o policial militar com quem a esposa do embaixador da Grécia no Brasil teria um caso amoroso confessou ter assassinado o diplomata. A Justiça do Rio decretou a prisão temporária do casal e de um primo do policial que estaria envolvido no crime.
O embaixador da Grécia, Kyriakos Amiridis, 59 anos, estava desaparecido desde segunda-feira à noite. A esposa dele, a brasileira Françoise, comunicou a ausência dele à polícia nesta quarta-feira.
O corpo de Amiridis foi encontrado dentro de um veículo incendiado que estava embaixo de um viaduto do Arco Metropolitano, em Nova Iguaçu (RJ).
De acordo com o delegado Evaristo Pontes Magalhães, o policial Sérgio Gomes Moreira Filho, de 29 anos, confessou que matou o diplomata na noite de segunda-feira na sua própria casa em Nova Iguaçu.
Françoise teria planejado o assassinato há alguns dias antes do crime. Ambos estão presos. A Justiça decretou a prisão temporária dos dois e de mais um suspeito de estar envolvido no caso – um primo de Moreira – por 30 dias.
O primo de Moreira ajudou a retirar o corpo do embaixador da casa e afirmou que a esposa da vítima lhe ofereceu 80 mil reais pelo crime. Em depoimento, a esposa do diplomata disse que era constantemente agredida pelo marido. Ela nega envolvimento no assassinato.
Magalhães disse ainda que não foi possível determinar a causa da morte do embaixador, devido ao estado do corpo, que foi queimado, mas, pelas manchas encontradas num sofá no local do crime, a polícia trabalha com a hipótese de esfaqueamento. O delegado afirmou que o crime foi passional. Moreira e Françoise tinham um envolvimento amoroso.
O diplomata, que foi cônsul da Grécia no Rio de Janeiro entre os anos de 2001 e 2004 e assumiu como embaixador em Brasília no início deste ano, passava em Nova Iguaçu suas férias de fim de ano. Ele iniciou sua carreira diplomática em 1985 e foi titular na Líbia entre os anos 2012 e 2016, antes de assumir como embaixador em Brasília.
CN/rtr/afp