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Justiça suíça investiga presidente do PSG

13 de outubro de 2017

Nasser Al-Khelaifi, que ganhou fama com a compra de Neymar pelo valor recorde de 222 milhões de euros, teria subornado ex-secretário-geral da Fifa Jérôme Valcke para obter direitos sobre as próximas Copas do Mundo.

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Nasser Al-Khelaifi e Neymar
Al-Khelaifi ganhou destaque com a compra do jogador brasileiro Neymar pelo PSG no valor recorde de 222 milhões de eurosFoto: Reuters/C. Hartmann

Promotores suíços afirmaram nesta quinta-feira (12/10) que investigam o presidente do clube de futebol Paris Saint-Germain, Nasser Al-Khelaifi, por fraudes na compra de direitos de transmissão das próximas Copas do Mundo.

O Ministério Público suíço revelou que a investigação, aberta em março, que também envolve o ex-secretário-geral da Fifa Jérôme Valcke, inclui acusações de suborno, fraude e falsificação de documentos.

Segundo os promotores, o catariano Al-Khelaifi, é investigado por ações tomadas em nome do grupo de mídia beIN, do qual é presidente, e não como gestor do PSG. Ele é suspeito de conceder vantagens indevidas a Valcke para obter os direitos de transmissão das Copas de 2018, 2026 e 2030.

O beIN negou em comunicado ter cometido qualquer irregularidade e disse estar à disposição para colaborar com a Justiça. O grupo de mídia confirmou que as autoridades francesas realizaram buscas nos escritórios da empresa em Paris, a pedido da Justiça suíça.

A carreira de Al-Khelaifi no mundo do futebol ganhou destaque nos últimos meses, culminando com a compra do jogador brasileiro Neymar pelo PSG no valor recorde de 222 milhões de euros. O clube parisiense foi adquirido pela empresa Qatar Sports Investiments em 2011.

Valcke, que era o braço direito do ex-presidente afastado da Fifa, Joseph Blatter, negou as acusações. Em entrevista ao jornal esportivo francês L'Equipe, ele afirma jamais ter havido qualquer tipo de transação entre ele e Al-Khelaifi.

Após denúncias de corrupção, Valcke foi afastado da Fifa em 2015 e, no ano passado, foi banido do futebol por um período de 12 anos. Ele é alvo de outra investigação das autoridades suíças envolvendo irregularidades na instituição.

RC/afp/dpa