Kiev diz que voltou a hastear bandeira da Ucrânia na Crimeia
24 de agosto de 2023O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, confirmou nesta quinta-feira (24/08) que militares ucranianos realizaram na noite anterior uma operação na Crimeia, região ucraniana anexada ilegalmente pela Rússia em 2014. Entre outras coisas, segundo Zelenski, a bandeira ucraniana foi hasteada, um ato visto como altamente simbólico, já que na quarta-feira foi comemorado o Dia da Bandeira Ucraniana.
Zelenski disse que a operação foi bem-sucedida e não houve baixas do lado ucraniano. No entanto, o presidente ucraniano foi cauteloso ao afirmar que ainda é cedo para falar na recuperação do território.
"Sim, são os nossos rapazes estão lá. Está correndo bem, não há baixas, pelo menos não há baixas do nosso lado, o que é bom", disse, em conferência de imprensa conjunta com o homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio Presidencial, em Kiev, no Dia da Independência.
A Ucrânia declarou a sua independência da União Soviética em 24 de agosto de 1991.
"O inimigo sofreu baixas entre os seus homens e equipamento [militar] foi destruído. E a bandeira nacional voltou a ser hasteada na Crimeia ucraniana", disse a inteligência militar da Ucrânia no Telegram.
Objetivos não foram detalhados
Os serviços secretos ucranianos não especificaram a missão das forças especiais, mas disseram que desembarcaram perto das vilas de Olenivka e Maiak, no oeste da península, antes de partirem novamente.
"Todos os objetivos e tarefas foram cumpridos. No final da operação especial, os defensores ucranianos deixaram a área sem baixas", disse a mesma fonte, sem especificar quais eram os objetivos.
Na quarta-feira, os serviços militares ucranianos reivindicaram a responsabilidade pela destruição de um sistema de mísseis terra-ar na mesma zona da Crimeia.
As informações não puderam ser verificadas de forma independente pela DW.
A ponte de Kerch, que liga o continente russo à península, concluída em 2018, tem sido alvo de vários ataques ucranianos desde que Moscou iniciou a invasão do seu vizinho em fevereiro de 2022.
Kiev prometeu libertar todo o território da Ucrânia ocupado pela Rússia, bem como a Crimeia.
le (Lusa, ots)