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Síria aceita observadores

19 de dezembro de 2011

Governo sírio anunciou ter concordado com a presença de uma missão de observadores árabes no país. Missão é parte do esforço internacional para pôr fim à repressão na Síria.

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Regime Assad reprime com violência protestos da oposiçãoFoto: dapd

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Arabi, anunciou nesta segunda-feira (19/12) que uma primeira delegação de observadores árabes irá a Damasco em de dois ou três dias, logo após o governo da Síria ter autorizado a entrada de observadores no país.

"Em dois ou três dias, será enviada uma delegação para reconhecimento dirigida por Samir Seif al-Yazal, assistente do secretário-geral, incluindo observadores especializados em segurança, justiça e em matérias administrativas", declarou Arabi à imprensa, acrescentando que posteriormente serão enviadas equipes com especialistas em direitos humanos.

Horas antes, o ministro do Exterior da Síria, Walid Mouallem, havia confirmado a assinatura do protocolo que autoriza a presença de observadores árabes no país, considerando-o como "o início de uma cooperação" entre o governo sírio e a Liga Árabe.

Exigências sírias

"Acolheremos com satisfação a delegação de observadores que representam os países árabes", declarou Mouallem. Os relatórios dos observadores serão, segundo ele, enviados ao secretário-geral da Liga Árabe e ao ministro sírio do Exterior.

"Discutiremos (os relatórios) por telefone antes de tomar qualquer decisão", explicou Mouallem, precisando que isso faz parte das exigências sírias. "A coordenação será total, através de uma comissão síria, que será o elo de ligação entre a delegação de observadores e o governo (de Damasco)", assegurou Mouallem.

Arabi disse que o acordo passa a valer no momento da sua assinatura e que a missão irá durar um mês, podendo ser renovada.

O envio de observadores faz parte do plano da Liga Árabe para resolver a situação na Síria, onde a repressão ao movimento de contestação ao regime de Bashar al-Assad, iniciada em meados de março, já causou mais de 5 mil mortos, segundo uma estimativa da ONU.

AS/lusa/afp
Revisão: Marcio Damasceno