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Lufthansa diz que não era obrigada a notificar depressão

6 de abril de 2015

Companhia se defende da acusação de não ter informado autoridade aérea alemã sobre problemas psiquiátricos do copiloto do voo 9525. Questão é considerada importante para determinar corresponsabilidade na tragédia.

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Symbolbild Ende des Lufthansa-Streiks
Foto: picture-alliance/dpa/M. Christians

A Lufthansa, companhia matriz da Germanwings, afirmou nesta segunda-feira (06/04) que não tinha obrigação de informar a autoridade aérea alemã sobre a depressão de Andreas Lubitz, considerado o responsável por derrubar o voo 4U-9525 nos Alpes franceses.

A companhia alega que não tinha esse dever pelo fato de Lubitz ter se formado como piloto antes de as regras mais rígidas entrarem em vigor, a partir de 2013. A questão sobre se a Lufthansa omitiu qualquer problema psiquiátrico do copiloto é considerada fundamental para determinar se há um corresponsável pela tragédia.

Lubitz interrompeu seu treinamento de piloto durante vários meses em 2009 e, após reiniciar o curso, informou a escola de treinamento de pilotos da Lufthansa, por e-mail, que havia superado um período de grave depressão. A empresa alega que ele passou por todos os testes médicos e de aptidão ao reiniciar o treinamento.

O Departamento Federal de Aviação (LBA), autoridade alemã que emite licenças dos pilotos com base em certificados anuais de aptidão emitidos por médicos, afirmou no domingo que não tinha "informação alguma" antes da queda do avião sobre o período de depressão de Lubitz.

A Lufthansa, por sua vez, alega que uma cláusula no novo regulamento, adotado na Alemanha em abril de 2013, oferece salvaguardas a determinados certificados de "apto para pilotar" e certificados médicos pré-existentes emitidos por médicos especializados do setor aeronáutico.

Centros aeromédicos ou médicos especializados em aviação podem, segundo a companhia, prorrogar esses certificados mesmo após a entrada em vigor das novas regras.

A disputa chega dois dias depois de a Comissão Europeia afirmar que sua autoridade reguladora do setor, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (Easa), encontrou "problemas" no LBA, em uma revisão periódica sobre implementação de medidas de segurança aérea.

RPR/dpa/rtr/ots