Líderes conservadores da América Latina felicitam Macri
23 de novembro de 2015A vitória de Mauricio Macri na eleição presidencial da Argentina, neste domingo (22/11), foi felicitada por diversos futuros colegas chefes de governo da América Latina, pela atual chefe de governo da Casa Rosada, assim como por líderes oposicionistas de Equador e Venezuela.
A presidente Cristina Kirchner, cujo candidato governista Daniel Scioli saiu derrotado, parabenizou Macri pela eleição e convocou-o para uma reunião na terça-feira para conversar sobre a transição de mandato. Macri assume a presidência argentina em 10 de dezembro, após 12 anos de kirchenerismo.
Segundo fontes governamentais citadas pela agência oficial de notícias Télam, Kirchner manteve uma breve conversa ao telefone na qual elogiou o líder conservador da coligação "Cambiemos" (Mudemos) pela "jornada eleitoral exemplar".
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ofereceu "todo" seu apoio a Macri. "Felicitações a Mauricio Macri por sua vitória nas eleições presidenciais da Argentina. Êxitos em sua gestão. Conte com todo nosso apoio", escreveu o chefe de Estado colombiano em sua conta oficial no Twitter.
Seu homólogo paraguaio, Horacio Cartes, usou a mesma ferramenta de comunicação para enviar "felicitações aos argentinos que neste domingo reafirmaram seu compromisso com a democracia".
Também via Twitter, o presidente do México, Enrique Peña Nieto, congratulou Macri por sua vitória e declarou seu interesse em trabalhar com o novo governo argentino, em favor às relações entre os dois países. "Parabéns Mauricio Macri por seu triunfo eleitoral na Argentina. Desejo-lhe sucesso em sua gestão", escreveu Peña Nieta no Twitter, afirmando também que o México trabalhará com o governo argentino para fortalecer a relação bilateral e o bem-estar da América Latina.
O ex-presidente chileno Sebastián Piñera também felicitou Macri. "Grande vitória de Mauricio Macri", escreveu em sua conta no Twitter, postando uma fotografia na qual Macri segura uma camisa do clube chileno Colo-Colo e Piñera uma do Boca Juniors, do qual o recém-eleito presidente argentino foi presidente.
"Seu triunfo abre novas esperanças para que a Argentina supere o longo período de confrontação e estagnação dos últimos anos", afirmou Piñera. Macri ostenta estreitas relações com o setor empresarial e figuras políticas do Chile, entre elas o próprio Piñera.
E a oposição do governo de Nicolás Maduro na Venezuela classificou a vitória de Macri como "histórica". O ex-candidato presidencial e atual governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, do partido opositor Primero Justicia, comemorou com uma postagem em seu Twitter: "Parabéns ao querido povo argentino, a jornada histórica. Felicitações ao novo presidente Mauricio Macri. Arriba Argentina!"
Antonio Ledezma, outra figura notória da oposição venezuelana e que foi preso em fevereiro por supostamente conspirar contra o governo do país, também saudou a eleição de Macri. Por meio de sua esposa, Mitzy Ledezma, publicou dois tweets. "Paz, progresso e unidade para os argentinos, Grande vitória de Mauricio Macri, sempre soldário com a Venezuela", lê-se num deles, enquanto o outro texto destaca a "humildade" com que Daniel Scioli reconheceu a vitória de Macri "acatando a vontade popular, como é feito numa democracia".
O líder da principal força opositora no Parlamento equatoriano, Guillermo Lasso, considerou que o triunfo de Macri "é o início da mudança na região, acrescentando que "ventos de liberdade que vêm do sul visionam uma mudança na América Latina".
No Brasil, o Palácio do Planato, que ostentou sua preferência pelo candidato apoiado por Kirchner, Danie Scioli, comunicou que a presidente Dilma Rousseff pretende comparecer em dezembro à posse de Macri.
PV/lusa/efe/dpa