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Líderes latino-americanos esperam boa relação com Trump

9 de novembro de 2016

Países não apostavam na vitória de Trump, mas esperam manter cooperação e acordos comerciais. Peña Nieto destaca que México e EUA são "amigos e aliados", e ministro chileno fala em "enormes interrogações".

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Enrique Peña Nieto
Peña Nieto: EUA e México devem seguir colaborando para o desenvolvimento da América do NorteFoto: Reuters/C. Allegri

A vitória do magnata Donald Trump na eleição presidencial americana nesta quarta-feira (09/11) surpreendeu a maioria dos países latino-americano, que apostavam na democrata Hillary Clinton. Com uma campanha repleta de propostas anti-imigração e protecionistas, Trump despertou preocupação em vários líderes da região devido ao futuro da relação com os Estados Unidos e acordos comerciais.

Após a divulgação do resultado das eleições nos EUA, o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, parabenizou o republicano pela vitória e disse que reitera a "intenção de trabalhar juntos em favor da relação bilateral".

Durante a campanha, Trump afirmou que construirá um muro na fronteira com o México e que deportará milhares de imigrantes ilegais, além de renegociar ou até desfazer um tratado comercial com o México, que também inclui o Canadá, conhecido como TLCAN.

No Twitter, Peña Nieto ressaltou que "o México e os EUA são amigos, sócios e aliados que devem seguir colaborando com a competitividade e desenvolvimento da América do Norte".

O governo da Colômbia também parabenizou Trump pelo sucesso alcançado na eleição e recordou o apoio bipartidário de Washington a diversos programas de cooperação entre os dois países.

"A relação estratégica entre Colômbia e Estados Unidos tem se caracterizado por uma cooperação bem sucedida, um profundo diálogo político, assim como uma agenda diversificada de impacto positivo para ambos os países”, diz um comunicado do governo.

O presidente da Brasil, Michel Temer, comentou a vitória de Trump e afirmou que tem "certerza que não muda nada na relação Brasil e EUA".

"Enormes interrogações"

O ministro do Exterior do Chile, Heraldo Muñoz, disse que estar preocupado com o futuro político da região. "Trump tem questionado as políticas de imigração, as políticas comerciais, os acordos de livre-comércio, as políticas de segurança. São enormes interrogações que se abrem (após a vitória do republicano)”, declarou Muñoz, ressaltando que, no entanto, "é necessário se entender com o novo presidente e dialogar com ele".

Na Argentina, onde o presidente Mauricio Macri havia estreitado relações com os Estados Unidos depois de assumir o governo, em dezembro do ano passado, a derrota de Hillary foi considerada uma decepção.

"Uma pena não ver uma mulher tão capaz eleita para este importante cargo”, afirmou a chanceler argentina, Susana Malcorra, no Twitter. "Temos que fazer com que isso funcione”, disse a uma rádio local, referindo-se às relações entre Argentina e EUA.

Países como Cuba e Venezuela não se manifestaram sobre a vitória de Trump. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse que não faria comentários sobre nenhum candidato, ressaltando que as eleições eram um assunto exclusivo dos americanos.

TMS/dpa/retr/efe

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