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Mãe de 65 anos e quadrigêmeos passam bem em Berlim

27 de maio de 2015

Bebês necessitam de cuidados especiais e ainda correm riscos de danos permanentes ou atrasos no desenvolvimento. Gravidez foi criticada por especialistas.

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Foto: picture-alliance/dpa/W. Grubitzsch

A alemã de 65 anos que deu à luz quadrigêmeos passa bem, assim como os bebês, afirmaram os médicos responsáveis pelo parto nesta quarta-feira (27/05) em Berlim. As crianças, porém, ainda necessitam de cuidados especiais.

Os quadrigêmeos vieram ao mundo por cesariana no dia 19 de maio, cerca de 15 semanas mais cedo do que o normal. "Dois dos bebês respiram normalmente, os outros dois ainda precisam da ajuda de aparelhos", disse o médico Christoph Bührer, diretor da clínica de neonatologia do hospital berlinense Charité.

"Os bebês precisam de muita atenção e tratamento intensivo", acrescentou Bührer. Um prognóstico é difícil, e os riscos de danos permanentes ou de atrasos no desenvolvimento são grandes. Mas os bebês já recebem uma coisa importante: leite materno, a conta-gotas e por sonda alimentar.

Neeta, Dries, Bence e Fjonn nasceram prematuros, após a mãe, a professora berlinense Annegret, sentir dores na 26ª semana de gestação. Eles pesam de 655 a 960 gramas e medem somente de 30 a 35 centímetros.

Segundo os médicos, o estado de saúde da mãe é bom. "Ela também está passando bem. Ela não se encontra mais na unidade de terapia intensiva e visita os bebês todos os dias", disse Wolfgang Henrich, diretor da clínica de obstetrícia.

A sexagenária já tem 13 filhos de cinco pais e já havia sido notícia há dez anos, quando deu à luz seu 13º filho, aos 55 anos de idade. De forma geral, no entanto, a gravidez transcorreu sem grandes problemas. E a produção de leite ocorre sem a ajuda de hormônios, o que não é normal nessa idade.

A decisão de Annegret de assumir novamente uma gravidez foi criticada por médicos, que alertaram sobre os riscos tanto para a mãe quanto para os bebês. "O risco para a saúde é muito maior numa gravidez múltipla, pois aumenta o perigo de pressão alta, diabetes gestacional ou trombose", explicou Heinrich.

Segundo a imprensa alemã, a sexagenária recebeu embriões formados por espermatozóides e óvulos obtidos na Ucrânia.

CA/dpa/epd