Macron e Merkel se reúnem na segunda-feira
12 de maio de 2017O presidente eleito da França, Emmanuel Macron, que toma posse no próximo domingo (14/05), tem um encontro marcado para o dia seguinte com a chanceler federal alemã, Angela Merkel, em Berlim. A reunião foi confirmada nesta sexta-feira pelo porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert.
"A chanceler alegra-se por receber no fim da tarde de segunda-feira, na chancelaria, o novo presidente francês, Emmanuel Macron", afirmou o funcionário em pronunciamento à imprensa. A Alemanha como primeiro destino oficial é uma tradição entre novos presidentes franceses.
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A discussão de novas ações destinadas a fortalecer a União Europeia (UE) deve ser uma das prioridades do encontro entre os líderes. Merkel já expressou apoio às ideias de Macron sobre um novo programa de investimento europeu para impulsionar o crescimento dentro do bloco.
"Estamos felizes em pensar em programas de investimentos conjuntos porque a Alemanha também precisa se atualizar em algumas áreas, como no campo digital", disse a chanceler federal nesta quinta-feira, durante um evento de campanha no estado da Renânia do Norte-Vestfália.
Também podem entrar na pauta de segunda-feira novas formas de fortalecer a zona do euro, incluindo a criação de um parlamento para os países que adotam a moeda. O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, já expressou apoio à ideia, sugerida por Macron.
O político de 39 anos foi eleito presidente francês no domingo passado, tornando-se o primeiro candidato independente a alcançar o cargo na França, bem como o mais jovem presidente eleito do país. Ele derrotou a candidata populista de direita Marine Le Pen com 66% dos votos, contra 34%.
Na ocasião, a chanceler federal alemã celebrou a vitória do novo colega, dizendo que ele "carrega a esperança de milhões de cidadãos franceses e também de muitos na Alemanha e em toda a Europa".
Segundo um assessor de Macron, Merkel foi "a primeira entre os líderes estrangeiros a ligar para ele, dada a importância das relações entre os dois países para a retomada do projeto europeu". "Há o desejo de trabalhar em conjunto em várias áreas, como segurança, economia e investimentos", disse.
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