Maduro rejeita ultimato europeu
27 de janeiro de 2019Nicolás Maduro rejeitou neste domingo (27/01) o ultimato para convocar eleições em seu país, apresentado por vários membros da União Europeia (UE). Ele disse que considera essa postura "uma insolência".
"Ninguém pode nos fazer um ultimato desse tipo. Se alguém quer deixar o país, pode fazê-lo. A Venezuela não está ligada à Europa. Isso é uma insolência total", disse Maduro em entrevista concedida em Caracas à emissora de televisão CNN Türk, a versão turca da rede americana.
Segundo o líder, "mais uma vez a Europa está cometendo um erro sobre a Venezuela. Consideram a nossa história como não existente, apesar de 200 anos de independência".
"Menosprezar-nos porque estamos no sul é insolente", afirmou Maduro, que passou a ser pressionado pela comunidade internacional desde que o chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se proclamou presidente interino da Venezuela, na última quarta-feira.
Os governos de Espanha, Alemanha, França e Reino Unido exigiram no sábado que Maduro convoque eleições transparentes e justas em um prazo de oito dias ou, caso contrário, reconhecerão Guaidó como presidente interino.
Por sua vez, EUA, Canadá e vários países sul-americanos, como Brasil, Argentina e Colômbia, já reconheceram Guaidó como presidente interino da Venezuela, que vive há anos uma profunda crise política e econômica. Neste domingo, foi a vez de Israel fazer o mesmo.
Como reação, Maduro anunciou a ruptura das relações diplomáticas com os EUA, o principal importador de petróleo venezuelano. O venezuelano continua contando com o apoio da Rússia, China, Turquia, Bolívia, Nicaragua e Cuba.
JPS/efe/ots
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