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Mahmud Abbas inaugura embaixada palestina no Vaticano

14 de janeiro de 2017

Após cerimônia e audiência privada com o papa, líder palestino diz esperar que outras nações também reconheçam seu Estado. Para Israel, aproximação é precipitada e unilateral.

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Mahmud Abbas (dir.) em adudiência privada com papa Francisco na Santa Sé
Mahmud Abbas (dir.) em adudiência privada com papa Francisco na Santa SéFoto: picture-alliance/AP Photo/G. Lami/ANSA

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas, inaugurou a nova embaixada palestina no Vaticano neste sábado (14/01). Ambos os Estados mantêm relações diplomáticas desde 2015, embora a existência de uma nação palestina siga sendo controversa em nível internacional.

À margem da cerimônia, Abbas louvou o reconhecimento da independência nacional palestina pelo Vaticano: "Espero que outros Estados tomem o exemplo da Santa Sé."

Mais tarde ele declarou à TV palestina ter conversado com o papa Francisco sobre o processo de paz no Oriente Médio, a iniciativa de paz da França e o combate ao terrorismo. Abbas referiu-se a um sinal de que "o papa ama o povo palestino e a paz". Segundo observadores, a audiência privada foi amigável, terminando com um abraço.

Tendo como embaixador Issa Kassissieh, cristão ortodoxo natural de Jerusalém, a representação palestina no Vaticano está em funcionamento desde janeiro de 2016, com base num acordo assinado entre a Santa Sé e o Estado da Palestina em 26 de junho do ano anterior. Na época, Israel reagiu de forma crítica à aproximação, negando-se a aceitar o acordo, que classificou como precipitado e unilateral.

Antes da inauguração da nova representação, divulgou-se que Abbas pretendia expor a Francisco sua apreensão quanto ao plano do presidente americano eleito, Donald Trump, de transferir de Tel Aviv para Jerusalém a embaixada dos Estados Unidos em Israel. Segundo o presidente palestino, isso poderia significar o fim da solução de dois Estados para o conflito israelo-palestino.

Começa neste domingo, em Paris, uma conferência de paz internacional centrada no conflito do Oriente Médio. Abbas aceitou o convite a França para se informar in loco sobre os resultados do encontro, embora ainda não esteja definido quando ele chegará à capital francesa.

AV/ap/kna/dpa