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Um milhão de migrantes chegaram à Europa pelo mar em 2015

30 de dezembro de 2015

Segundo a ONU, 70% dos refugiados são originários da Síria e do Afeganistão, num fenômeno que mudou radicalmente as rotas migratórias globais. Mais de 3 mil morreram durante a travessia.

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Barco lotado de refugiados se aproxima da costa gregaFoto: Reuters/Y. Behrakis

Mais de um milhão de migrantes chegaram à Europa pelo Mar Mediterrâneo em 2015, informou nesta quarta-feira a agência da ONU para refugiados (Acnur). A maioria é originária da Síria (49%) e do Afeganistão (21%); 25% são crianças, 17% mulheres e 58% homens.

Na semana passada, a Acnur e a Organização Internacional de Migrações (OIM) informaram que as chegadas já tinham superado a marca de 1 milhão, mas contabilizando também 34 mil pessoas que tinham entrado na Europa por rotas terrestres.

Um total de 84% dos que conseguiram completar a travessia pelo Mediterrâneo são dos dez países do mundo que mais refugiados produzem, quase sempre por razões vinculadas a conflitos armados e a repressão.

As rotas migratórias mudaram ao longo do ano, fazendo com que a Grécia substituísse a Itália como a principal porta de entrada. Isso se deveu ao fluxo de sírios que optou por buscar proteção na Europa. A maioria já era refugiada em algum dos países vizinhos à Síria, que enfrenta uma guerra civil há cinco anos.

Os refugiados que cruzaram da Turquia para alguma das ilhas da Grécia foram 844.176, e 152.700 chegaram do norte da África à costa da Itália. O aumento das chegadas começou a diminuir em abril, e alcançou seu nível máximo em outubro, para voltar a cair relativamente em novembro e dezembro.

Segundo a Acnur, foram confirmadas 3.735 mortes nessas travessias. O número, porém, deve ser significativamente maior, dado que não registros nos pontos de partida dos migrantes.

RPR/rtr/efe