Manifestante anti-G20 recebe 2 anos e 7 meses por garrafada
28 de agosto de 2017Um holandês de 21 anos foi condenado a dois anos e sete meses de prisão nesta segunda-feira (28/08), em Hamburgo, por causa de sua participação nos distúrbios violentos ocorridos na cidade durante a recente cúpula do G20. Ele está detido desde 7 de julho.
A pena foi bem superior à que a promotoria havia pedido, de um ano e nove meses. A defesa havia pedido absolvição. O veredicto causou espanto entre as cerca de 40 pessoas que acompanharam a sessão. A decisão é de primeira instância e cabe recurso.
O juiz se declarou convencido de que o acusado jogou duas garrafas contra policiais na noite de 6 de julho, durante distúrbios no bairro de Schanzenviertel. Ele teria resistido à prisão ao adotar uma posição conhecida como embrional.
O magistrado justificou sua sentença apontando para uma nova lei, mais rígida, de proteção de servidores públicos durante o exercício de sua função. Essa lei entrou em vigor nas vésperas do G20, em 30 de maio.
Uma das duas garrafas atingiu o capacete de um policial de 30 anos, e a outra, uma das pernas. Ele sofreu ferimentos na cabeça, mas não solicitou atendimento nem pediu dispensa médica do trabalho. O policial agredido prendeu o manifestante que lançou a garrafa. Um colega testemunhou a agressão e ajudou na detenção, segundo o juiz.
Os dois policiais trabalharam na segurança da manifestação Welcome to Hell, convocada por grupos de esquerda.
Nesta terça-feira será julgado um jovem polonês de 24 anos, acusado de ter infringido a lei de armas por portar fogos de artifício e outros objetos na sua mochila. Grupos de esquerda convocaram um protesto em frente ao tribunal.
A polícia de Hamburgo investiga a participação de mais de cem pessoas nos distúrbios.
AS/dpa