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Sucesso questionável

DW/agências (ch/av)7 de janeiro de 2009

Pequenas vitórias, sobretudo no campo humanitário, selaram visita de três dias da delegação da UE ao Oriente Médio. Porém israelenses deixam claro: os EUA são a única potência que Tel Aviv leva realmente a sério.

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Em Jerusalém: Schwarzenberg, Shimon Peres, Ferrero-Waldner e o sueco Carl BildtFoto: AP

Desde que a delegação da União Europeia retornou do Oriente Médio, a situação na Faixa de Gaza acalmou-se sensivelmente. Nesta quarta-feira (07/01), o Exército israelense ordenou uma trégua de três horas, durante a qual a população pôde ser abastecida com alimentos e outros gêneros de primeira necessidade.

Além disso, Tel Aviv mostrou-se sensível à sugestão franco-egípcia que prevê a suspensão das hostilidades de ambos os lados. A proposta encontrou eco positivo também junto aos governos palestino e norte-americano.

Modesta vitória humanitária

Berichterstattung Gazakrieg
Em Gaza, também jornalistas usam capaceteFoto: picture-alliance/ dpa

Segundo uma das integrantes da delegação europeia de mediação, a comissária da UE para Assuntos Externos, Benita Ferrero-Waldner, caso se alcance realmente um cessar-fogo, o bloco europeu teria prestado sua contribuição para tal. Ela lembrou que uma segunda e não menos importante meta da missão era fazer algo pela população civil da Faixa de Gaza.

"Queremos ajudar os que vivem na Cidade de Gaza e em toda a Faixa a sobreviver neste momento difícil, trazendo-lhes alimentos, medicamentos, água e, naturalmente, combustível." Ferrero-Waldner registrou uma vitória concreta, embora pequena junto ao premiê de Israel, Ehud Olmert: um funcionário da Comissão Europeia passará a atuar no Ministério israelense da Defesa com a função de coordenar a ajuda humanitária.

Poder norte-americano

Visivelmente abatido pelos três dias de esforços de mediação, o ministro tcheco das Relações Exteriores, Karel Schwarzenberg, mostrou-se modesto quanto aos resultados da missão de paz. "Estava perfeitamente claro que com esta nossa missão não alcançaríamos o cessar-fogo imediato. Porém podemos prepará-lo, reunir informações com todas as nações da região sobre a forma como devemos prosseguir", analisou.

Tschechiens Regierungschef Mirek Topolanek
Premiê tcheco Mirek TopolánekFoto: AP

Schwarzenberg voltou a lamentar o sofrimento da população civil em Gaza. Contudo, ao contrário de seu homólogo francês, Bernard Kouchner, ele evitou a palavra "desproporcional" ao descrever a ofensiva militar de Israel. "De nosso ponto de vista, o Hamas começou com esse derramamento de sangue e é responsável por ele", declarou o ministro tcheco.

Em comunicado oficial divulgado nesta quarta-feira, o governo de Praga declarou-se "profundamente apreensivo com o número crescente de vítimas civis e com o agravamento da situação humanitária em Gaza". O chefe de governo tcheco, Mirek Topolánek, que ocupa a presidência semestral da UE, anunciou que possivelmente viajará à região de crise, em data a ser estipulada. Ele considerou "bem sucedida" a missão de mediação.

No geral, entretanto, os israelenses deram pouca importância à delegação da UE, deixando claro que não deixarão a Europa ditar nenhum de seus passos. A única potência que Tel Aviv realmente leva a sério são os Estados Unidos.

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