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Menino de 11 anos é acusado de matar vizinha de 8 nos EUA

6 de outubro de 2015

Menina morre com tiro no peito supostamente por não deixar que vizinho brincasse com seu novo cachorro. Incidente no Tennessee ocorre em meio a um amplo debate sobre a necessidade de maior controle de armas no país.

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USA Trailer Park
Foto: Getty Images/M. Tama

Um menino de onze anos do estado americano do Tennessee foi colocado sob custódia nesta segunda-feira (06/10) sob a acusação de atirar e matar com uma espingarda uma vizinha de oito anos de idade, no parque de trailers onde moravam.

A mãe da menina, Latasha Dyer, contou que sua filha, Maykayla, brincava quando o menino pediu para ver seu novo animal de estimação, um filhote de cachoro. Ela negou, e pouco depois, recebeu um tiro no peito.

O menino estava dentro de sua casa quando atirou em sua vizinha com uma espingarda calibre 12, jogando a arma no chão, próxima ao corpo da menina. O armamento tinha sido legalmente adquirido.

Latasha afirma que o menino começou a perturbar sua filha logo após sua família se mudar para a White Pine, uma cidade de 2,2 mil habitantes. "Ele a xingava, ridicularizava, era maldoso com ela", diz.

Ela conta que reclamou ao diretor da escola sobre o menino, que parou de perturbar Maykayla por algum tempo, mas pouco depois, acabou atirando nela. A mãe descreveu a filha como uma "menina preciosa, não importa com que humor nós estávamos ela sempre nos fazia sorrir".

O xerife do condado, Bud McCoig, afirmou que o menino será acusado de assassinato em primeiro grau. Um juiz o encaminhou a um centro de detenção juvenil até a próxima audiência, marcada para o dia 28 de outubro, quando será decidido se será julgado como delinquente juvenil ou como adulto.

"Os dois eram vizinhos e, nesse bairro, todas as crianças brincam juntas e se conhecem, além de irem todas à mesma escola", afirmou o xerife. Ele, porém, não quis fornecer maiores detalhes, explicando que cinco outras crianças residem na casa onde o menino morava, e outras duas, na casa da menina.

"Estamos tentando protegê-los, embora estejam sofrendo bastante com essa tragédia", afirmou McCoig.

O incidente ocorre em meio a um amplo debate nos Estados Unidos sobre a necessidade de maior controle de armas no país.

Após o massacre ocorrido no Oregon na semana passada, quando um atirador invadiu e abriu fogo numa faculdade, matando nove pessoas, o presidente americano, Barack Obama, fez severas críticas ao lobby da indústria de armas e aos legisladores que a apoiam. Notícias sobre tragédias do tipo passaram a ser "rotina" no EUA, e a população se tornou "insensível a isso", disse o presidente.

RC/rtr/afp