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Merkel presta solidariedade a comunidade judaica

10 de outubro de 2019

Chanceler alemã participa de vigília diante de prédio histórico judaico em Berlim, lembrando vítimas do ataque de Halle. Presidente do Conselho Central dos Judeus aponta falha da polícia em cidade onde ocorreu atentado.

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Angela Merkel em cerimônia de solidariedade aos judeus diante da Nova Sinagoga, em Berlim
Angela Merkel em cerimônia de solidariedade à comunidade judaica diante da Nova Sinagoga, em BerlimFoto: AFP/A. Roland

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, participou nesta quarta-feira (09/10) de uma vigília diante da Nova Sinagoga, em Berlim, para prestar solidariedade às vítimas do ataque ocorrido na cidade de Halle, no leste do país, em que duas pessoas foram mortas.

As imagens da participação da chefe de governo foram publicadas no Twitter, junto com uma mensagem assinada pelo porta-voz de Merkel, Steffen Seibert. "Temos que marcar posição de forma firme contra toda forma de antissemitismo", diz o texto.

O atual prédio da Nova Sinagoga é uma reconstrução da fachada do que foi a principal sinagoga da comunidade judaica berlinense e que foi destruída na época da Segunda Guerra. O endereço é hoje um monumento judaico e não funciona mais como sinagoga.

Antes disso, pelas redes sociais, Seibert já havia se manifestado sobre o atentado em Halle, cujas motivações, de acordo com as primeiras informações, são antissemitas, no mesmo dia em que é celebrado o Yom Kippur, principal data do calendário judaico.

O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, também pediu solidariedade com os cidadãos judeus. Durante uma cerimônia em Leipzig, Steinmeier disse que "tal ataque a uma sinagoga totalmente ocupada parecia não ser mais imaginável na Alemanha", acrescentando que um dia de alegria se transformou "num dia de sofrimento".

O ministro do Interior alemão, Horst Seehofer, afirmou que o ataque provavelmente teve motivo antissemita e está conectado ao extremismo de direita. 

Josef Schuster, presidente do Conselho Central dos Judeus da Alemanha, acusou a polícia de falhar no incidente. "O fato de a sinagoga de Halle não estar sendo protegida pela polícia em um feriado como Yom Kippur, é algo escandaloso", afirmou. "A brutalidade do ataque excede qualquer coisa anteriormente vista nos anos anteriores e é um choque profundo para todos os judeus na Alemanha", acrescentou.

MD/efe/dpa/afp/rtr/ap

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