Protesto estudantil
17 de junho de 2009Os maiores protestos estudantis dos últimos anos na Alemanha levaram milhares de jovens às ruas de diversas cidades do país nesta quarta-feira (17/06). Eles pedem a revisão do sistema de formação escolar e universitária e o fim do pagamento da taxa semestral nas universidades e escolas superiores, cujos valor fica em torno de 600 euros.
Os estudantes exigem uma revisão das alterações introduzidas pelo chamado Processo de Bolonha, que trouxe o sistema de bacharelado e mestrado para as universidades alemãs. Também a formação escolar em 12 anos e o sistema de avaliação usado nas escolas secundárias foram criticados.
Os organizadores disseram que até 240 mil pessoas participaram dos protestos, que ocorreram em cerca de 70 cidades alemãs, entre elas Berlim, Hamburgo, Munique, Stuttgart, Dresden e Mainz. A polícia calculou o número de participantes em torno de 100 mil.
A ministra alemã da Educação, Annette Schavan, disse que as reivindicações são, em parte, ultrapassadas. "Quem diz que devemos acabar com o sistema de bacharelado e mestrado não leva em conta que a Alemanha faz parte do sistema educacional europeu", avaliou.
A maioria dos estudantes, porém, não pede o fim do sistema introduzido pelo Processo de Bolonha, mas sua revisão. As manifestações desta quarta-feira fazem parte de uma campanha de uma semana para expressar o descontentamento com a reforma universitária.
A ministra anunciou a realização, em julho, de uma conferência com os estudantes para debater o problema da redução gradual do antigo magister (cinco anos) para o bacharelado (três anos), que pode ser seguido de mais dois anos para obtenção do mestrado. Schavan admitiu que poderão haver correções pontuais no modelo.
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