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Milhares exigem liberdade para separatistas na Catalunha

15 de abril de 2018

Em protesto convocado por plataforma pró instituições catalãs e direitos fundamentais, manifestantes defendem políticos presos como "reféns". Após libertação de Puigdemont na Alemanha, Madri insiste em sua extradição.

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Governo espanhol nega tratar-se de presos políticos na Catalunha
Governo espanhol nega tratar-se de presos políticos na CatalunhaFoto: Getty Images/AFP/J. Lago

Milhares de catalães manifestaram-se neste domingo (15/04) em Barcelona, exigindo a libertação e permissão de retorno para líderes separatistas acusados de rebelião. Segundo a polícia, 315 mil cidadãos foram as ruas. Segundo os organizadores, o comparecimento foi muito maior.

"Liberdade para os presos políticos" e "Nada mais de reféns", escutava-se e lia-se nas ruas da capital da região espanhola da Catalunha. Os protestos são a favor de sete políticos exilados e nove em prisão preventiva. Entre estes últimos estão Jordi Cuixart e Jordi Sánchez, indicado pelo parlamento como candidato presidencial regional. Ambos encaram penas de até 30 anos de prisão.

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Os manifestantes usavam uma fita amarela, em solidariedade com os separatistas detidos. Recentemente o ministro espanhol da Justiça, Rafael Catalá Polo, tachou esse sinal de "insultuoso", alegando que com isso querem dizer que "há presos políticos na Espanha, quando o que há são políticos presos".

Nove separatistas estão exilados, nove em prisão preventiva
Nove separatistas estão exilados, nove em prisão preventivaFoto: Getty Images/AFP/J. Lago

Madri insiste em extradição de Puigdemont

O protesto foi convocado por uma plataforma criada em março para "defender as instituições catalãs" e "os direitos e liberdades fundamentais" dos cidadãos. O fato de dois grandes sindicatos, Comisiones Obrerase e UGT, se terem juntado à iniciativa, juntamente com as associações separatistas Assembleia Nacional Catalã e Omnium, provocou fortes protestos entre seus membros contrários à independência.

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Numa região extremamente dividida sobre a questão da independência, a mobilização ocorre dez dias após a Alemanha ter libertado o ex-presidente independentista catalão Carles Puigdemont, depois que o tribunal rejeitou as acusações de rebelião.

No entanto na quinta-feira magistrados espanhóis enviaram a seus colegas alemães elementos com o fim de provar a existência de "violência justificando a rebelião" de acordo com Madri, na esperança de obter a extradição de Puigdemont para a Espanha.

AV/lusa,afp,dpa

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