Lixo radioativo
26 de novembro de 2011Os protestos ocorridos na tarde deste sábado (26/11) transcorreram de forma parcialmente pacífica. Segundo informações fornecidas pela polícia, aproximadamente oito mil pessoas e 400 tratores participaram das manifestações contra o transporte do lixo atômico em Dannenberg. Os organizadores apontam a presença de 23 mil pessoas em todo o percurso dos contêineres.
Diversos grupos de pessoas tentaram, em vários trechos da rota, bloquear os trilhos por onde passaram os contêineres com os resíduos nucleares, tendo sido afastados por policiais. O trem com o material radioativo saiu da usina de processamento La Hague, na França, rumo a Gorleben, na Alemanha.
Crianças, jovens e idosos
Famílias com crianças pequenas, jovens e pessoas idosas, participaram dos protestos, levando balões vermelhos e cartazes com os dizeres "energia atômica: não obrigado". Foram feitos diversos discursos, inclusive por uma japonesa, que relatou suas experiências após a catástrofe de Fukushima.
A intenção dos protestos é retardar ao máximo o transporte do lixo radioativo. No ano passado, manifestantes permaneceram durante 20 horas bloqueando o trecho a ser percorrido pelos contêineres. O trabalho de evacuação realizado pela políica durou seis horas. O transporte vem sendo acompanhado por aproximadamente 19 mil policiais em todo seu percurso.
Confrontos entre manifestantes e policiais
Ao longo da rota, houve na madrugada deste sábado tumultos entre manifestantes e forças policiais. Em Metzingen, policiais foram agredidos com pedras por aproximadamente 200 manifestantes e reagiram com jatos de água.
Os ativistas criticaram, por outro lado, a postura da polícia. Kerstin Rudek, presidente da Iniciativa de Proteção ao Meio Ambiente de Lüchow-Dannenberg, salientou o "alto grau de agressividade" dos policiais envolvidos.
Em Dannenberg fica a estação de transferência do material, onde os contêineres serão transferidos para caminhões, que levarão o material nos últimos 19 quilômetros até seu destino final, em Gorleben, na Baixa Saxônia.
SV/dpa/ots/afp
Revisão: Marcio Damasceno