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Milhares protestam em Hamburgo nas vésperas do G20

2 de julho de 2017

São previstas cerca de 30 manifestações durante a cúpula na cidade. Ministro alemão diz que não vai tolerar atos de violência nos dias do evento. Merkel destaca necessidade de promover o crescimento sustentável.

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Milhares de ativistas se reuniram diante da prefeitura de Hamburgo
Milhares de ativistas se reuniram diante da prefeitura de HamburgoFoto: picture-alliance/dpa/M. Scholz

Poucos dias antes do início da cúpula do G20 em Hamburgo, cerca de 10 mil manifestantes – segundo números da polícia – se concentraram neste domingo (02/07) em frente à prefeitura da cidade para, entre outras reivindicações, reclamar "uma outra política", apelar pelo respeito ao meio ambiente e criticar o presidente americano, Donald Trump.

Alguns dos manifestantes atravessaram o rio Alster, que banha a cidade, em canoas e em pequenas embarcações. Ativistas da organização ambientalista Greenpeace fizeram manifestação no porto, diante de um cargueiro carregado de carvão, para exigir o fim da utilização do combustível fóssil na produção de eletricidade.

Os líderes do G20 vai se reunir na próxima sexta e no sábado em Hamburgo, sob forte esquema de segurança. Até 20 mil policiais foram destacados para proteger a cúpula, contra a qual já foram anunciadas cerca de 30 manifestações.

As autoridades dizem que se preparam para possíveis confrontos e danos materiais. O ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière, advertiu, em entrevista publicada neste domingo pelo jornal Bild am Sonntag, que não vai tolerar violência durante o encontro e que, se ela acontecer, "deve ser cortada pela raiz". "A liberdade de reunião só é válida para manifestações pacíficas", afirmou.

Crescimento sustentável como prioridade

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, destacou neste domingo a necessidade de promover o crescimento sustentável na Cúpula do G20, o grupo dos 20 países industrializados e emergentes.

Em sua mensagem de vídeo semanal, a líder alemã afirmou que os países industrializados ocidentais não devem necessariamente servir de exemplo para outras regiões do mundo. Ela ressaltou que nos países emergentes, especialmente China e Índia, há uma crescente consciência de "que quem segue o mesmo caminho seguido por nós só prejudica a si mesmo".

"O desenvolvimento do mundo com certeza não será sustentável e inclusivo se simplesmente continuarmos a fazer as coisas como sempre fizemos", acrescentou, alertando que o G20 não deve "tratar somente de crescimento, mas também de crescimento sustentável".

A anfitriã da reunião em Hamburgo listou os problemas que considera que devam ser prioridades nas negociações de Hamburgo. "O acordo de proteção climática, mercados abertos, melhores acordos comerciais que incluam proteção aos consumidores, normas sociais e ambientais", enumerou.

MD/afp/lusa/dpa