Milhares se manifestam pela legalização da maconha em Berlim
11 de agosto de 2018Na Alexanderplatz de Berlim, milhares se reuniram neste sábado (11/08) para a 22ª Parada da Canábis. Sob o slogan "Esclarecimento em vez de proibições", os manifestantes exigiam a legalização do cânhamo, a planta que produz a maconha, entre numerosos outros usos.
A associação organizadora, Deutscher Hanfverband, registrou 6 mil participantes, o que faria da passeata a maior da Alemanha pela liberação da planta como matéria prima, medicamento e droga recreativa.
O cânhamo ou Cannabis sativa é uma das plantas cultivadas mais antigas. Suas sementes, fibras, folhas e flores têm um grande número de usos tradicionais e industriais, desde a culinária e a medicina à cosmética e produção de cordas, papel e têxteis. A maconha são suas flores e folhas secas, contendo alta concentração da substância psicoativa tetraidrocanabinol (THC).
"Imposto de mágica" bilionário para o Estado?
Acima de um "baseado" gigante montado sobre um carro, os ativistas de Berlim prometiam um "imposto de mágica". Seu argumento é que, no caso da legalização, o Estado poderia arrecadar bilhões de euros em taxas sobre a canábis.
As faixas e cartazes transmitiam mensagens como "Sem erva não tem graça", "Diga não à narcopolícia" e "Maconha nos campos, salvem as florestas". Música animada reforçava a atmosfera festiva.
"Até hoje há berlinenses que perdem a licença de motorista só porque foram apanhados com canábis em casa, no parque ou em algum outro lugar", comentou o chefe da bancada estadual do Partido Verde, Werner Graf, exigiu o fim desse estado de coisas, em nível federal.
Durante a tarde a passeata seguiu pelo bairro do governo, e diante do Ministério da Saúde foi entregue uma "Declaração de Berlim", exigindo, entre outros pontos, a descriminalização dos "maconheiros". Segundo a polícia a manifestação transcorreu sem incidentes.
AV/ots,dpa
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