1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Ministro do STF libera ação que pede impeachment de Temer

17 de maio de 2016

Marco Aurélio Mello envia para julgamento no plenário da corte ação que solicita a abertura de processo de afastamento contra o presidente interino. Em pedido, advogado diz que Temer cometeu crime de responsabilidade.

https://p.dw.com/p/1IpWx
Presidente interino da República, Michel Temer
Foto: Getty Images/AFP/E. Sa

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello liberou para julgamento no plenário da corte a ação que pede a abertura de um processo de impeachment contra o presidente interino Michel Temer por crime de responsabilidade, informou o tribunal nesta terça-feira (17/05).

Cabe agora ao presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, determinar uma data para o julgamento do caso, a fim de decidir se a ação terá seguimento ou não. As sessões plenárias do STF ocorrem às terças e quartas-feiras.

No início de abril, Marco Aurélio concedera uma liminar determinando a instalação de uma comissão especial na Câmara dos Deputados para analisar o pedido de impeachment do então vice-presidente, nos moldes do que ocorreu com a presidente afastada Dilma Rousseff.

O passo a passo do impeachment

A decisão atendeu a um pedido do advogado Mariel Márley Marra, protocolado no Supremo em 29 de março, que contesta a decisão do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atualmente com o mandato suspenso, de arquivar o pedido de impeachment de Temer.

No pedido, Marra argumenta que o então vice, no exercício da Presidência da República na ausência de Dilma, assinou decretos de créditos suplementares semelhantes aos que foram assinados pela presidente, cometendo então o mesmo crime de responsabilidade.

A assinatura desses decretos é um dos principais pontos que serviram como base para o pedido de impeachment de Dilma, protocolado pelos juristas Miguel Reale Jr, Hélio Bicudo e Janaina Paschoal e posteriormente aceito por Cunha.

Temer, que assumiu a Presidência da República interinamente na semana passada após decisão do Senado de abrir processo de impeachment contra Dilma e afastá-la do cargo por até 180 dias, disse à época que ficou "espantado" com a decisão de Marco Aurélio.

Em manifestação ao STF no último dia 10, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apontou que não houve violação da norma constitucional ou conduta abusiva por parte de Temer e recomendou que o Supremo negue o pedido do advogado e casse a liminar concedida por Marco Aurélio.

EK/abr/rtr/ots