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Moro aceita nova denúncia contra Lula

2 de agosto de 2017

Acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, ex-presidente se torna réu, junto com outros doze, em caso do sítio de Atibaia. Moro diz que provas sustentam que Lula é o verdadeiro dono do imóvel.

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Lula nega ser dono do sítio em Atibaia
Lula nega ser dono do sítio em AtibaiaFoto: Getty Images/AFP/M. Schincariol

O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, aceitou nesta terça-feira (01/08) a denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do sítio de Atibaia, no interior de São Paulo. O petista é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Lula seria o verdadeiro dono do sítio e teria se beneficiado de mais de 1 milhão de reais em obras feitas no local, pagas por empreiteiras com recursos desviados da Petrobras e repassados a Lula como vantagem ilícita.

Ao acatar a denúncia, Moro afirmou que há provas que sustentam que Lula seria o verdadeiro dono do sítio e que as reformas no local foram custeadas pela Odebrecht e a OAS em troca de benefícios junto ao ex-presidente.

"Não há qualquer registro de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha pago qualquer valor por essas reformas realizadas no Sítio de Atibaia", destacou. Moro disse ainda que agora cabe a Lula demonstrar se pagou pelas obras.

A defesa de Lula nega as acusações. O ex-presidente alega não ser o proprietário do sítio, que está no nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios de um dos seus filhos.

Moro aceitou ainda denúncia contra outras 12 pessoas, incluindo os empreiteiros Marcelo Odebrecht, Emílio Odebrecht, Léo Pinheiro, além do pecuarista José Carlos Bumlai e diversos funcionários das construtoras Odebrecht e OAS. Os réus responderão por crimes de lavagem de dinheiro ou corrupção ativa ou passiva.

Esta é a sexta vez que o ex-presidente se torna réu. Com a nova acusação, Lula passa a responder a cinco ações penais, acusado de corrupção, lavagem de dinheiro, obstrução da Justiça, tráfico de influência e organização criminosa. Ele já foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá. Ainda cabe recurso.

CN/efe/ots