Mudanças climáticas na Alemanha

Trovoadas violentas com chuvas torrenciais tornam-se cada vez mais freqüentes, segundo o Serviço Alemão de Meteorologia. As enxurradas-relâmpago passam a ser um novo desafio para a infra-estrutura de muitas cidades alemãs.

O último inverno nos Alpes alemães foi marcado por pouca neve. Boa parte do tempo, o frio sequer foi suficiente para ativar os canhões de neve artificial, que já se incorporaram à paisagem alpina.

Também a agricultura, sobretudo no Leste da Alemanha, onde é registrada a menor incidência de chuvas do país, começa a sentir a mudança climática. Preocupados com uma seca incomum para esta época do ano, agricultores da região da Magdeburger Borde preparam a terra para o próximo plantio.

No começo de maio, a geleira do pico mais elevado da Alemanha (Zugspitzplatt) voltou a ser coberta com lonas para protegê-la dos raios solares. Com isso, pretende-se conservar 30 mil metros cúbicos de neve e gelo, uma medida que é adotada anualmente deste 1993.

Longos períodos de seca atingiram a navegação fluvial no Reno em 2003 e 2006. As hidrovias desempenham um papel importante no sistema de transportes alemão. Através delas foram transportadas 243,1 milhões de toneladas de mercadorias no ano passado. Na foto, bancos de areia à mostra no Reno em Düsseldorf em 23 de abril de 2007.

A temperatura média anual em todo o mundo entre 1901 e 2006 aumentou 0,8ºC. Segundo o quadro do Serviço Alemão de Meteorologia, na Alemanha esta média aumentou em 0,9ºC. A temperatura média na Alemanha no período foi de 8,2ºC.

O aquecimento do clima também favorece o alastramento de insetos e parasitas em países de clima frio. Segundo o Instituto Robert Koch, no ano passado, o número de casos de meningite transmitida pelo carrapato aumentou 25% na Alemanha, para um total de 546 casos.

Fenômenos climáticos extremos tornam-se cada vez mais freqüentes na Alemanha. Em 2006, as cheias do Elba superaram a maior enchente da história do norte do país, ocorrida em 1895. A foto mostra a inundação do centro histórico de Hitzacker, na Baixa Saxônia, em 6 de abril de 2006.

Marés violentas, também associadas ao aquecimento global, aceleram a erosão na ilha alemã do Mar do Norte. Segundo o pesquisador Karsten Reise, que atua na estação meteorológica da ilha de Sylt, "a construção de diques mais elevados não será suficiente para combater a dramática mudança climática".

Mapa do Serviço Alemão de Meteorologia mostra as diferenças da temperatura média no ano de 2006 – nas diferentes regiões do país – em relação à média registrada de 1960 a 1990.

Este ano, em plena primavera européia, muitas regiões da Alemanha já se encontram em estado de alerta por causa do perigo de incêndios nas florestas, uma situação que nos anos anteriores só ocorria no verão.

Temperaturas amenas no inverno alemão causam o florescimento prematuro de muitas árvores e arbustos, como esta forsítia.