Holocausto
25 de setembro de 2007Anúncio
A coleção de 116 fotos em preto-e-branco, provenientes de um álbum particular de um oficial da SS, foi divulgada pela primeira vez, há poucos dias, pelo Museu do Holocausto, em Washington. As imagens mostram oficiais nazistas sorrindo enquanto tomavam sol, rodeados de bebidas, ao lado de mulheres jovens.
O álbum de Karl Hoecker, ofical da SS, também inclui fotos raras em Auschwitz de Josef Mengele, o médico nazista conhecido como o "anjo da morte", que realizou experimentos macabros com os prisioneiros dos campos de concentração, em nome da medicina.
As fotos dão uma idéia de como eram os homens que comandaram Auschwitz e como eles passavam o tempo, evidentemente alheios do horror pelo qual passavam os milhões de prisioneiros, vítimas do nazismo.
"É difícil avaliar que tipo de pessoas eram aquelas que dirigiam os campos de concentração. Essas fotografias únicas ilustram nitidamente o mundo alegre em que eles viviam, enquanto observavam o sofrimento inimaginável dos outros", diz a diretora do museu, Sara Blommfield.
Como se fossem férias
Hoecker, que foi auxiliar do comandante de Auschwitz de maio de 1944 até a evacuação, em janeiro de 1945, catalogou sua estadia no mais notório campo de concentração do genocídio perpetrado pelos nazistas como se estivesse documentando suas férias num idílio qualquer.
Ele é visto acendendo uma vela na árvore de natal, brincando com seu cachorro "pastor alemão" favorito ou entregando frutinhas silvestres para mulheres jovens, sentadas sobre uma cerca. Outros líderes do campo de concentração e oficiais nazistas também aparecem nas imagens.
Numa foto específica, Hoecker aparece sorrindo, rodeado por jovens mulheres e por um tocador de acordeão. A fotografia traz a legenda: "Chuva de um céu azul claro". Esta e outras imagens foram registradas quando as câmaras de gás e os fornos de Auschwitz já estavam em operação, num momento em que os judeus húngaros eram deportados para o campo.
Momentos despreocupados em pleno Holocausto
No mesmo dia em que Hoecker distribuía frutas silvestres para suas auxiliares femininas na cerca, 150 prisioneiros chegavam transportados para Auschwitz. A SS escolheu 21 homens e 12 mulheres para o trabalho e então matou os outros nas câmaras de gás, explica a diretora do museu.
Enquanto Hoecker iluminava a árvore de natal, em dezembro de 1944, as tropas soviéticas avançavam em direção ao oeste através da região que hoje é a Polônia. A libertação do campo de concentração aconteceria poucas semanas depois.
Os organizadores da mostra no museu afirmam que o álbum é a segunda coleção de fotografias tiradas em Auschwitz de que se tem conhecimento. O álbum foi doado recentemente por um oficial aposentado do serviço de inteligência norte-americano, que o encontrou abandonado num apartamento em Frankfurt, em 1946, um ano após ao fim de Segunda Guerra.
Fuga e pós-guerra
Os nazistas abandonaram Auschwitz em janeiro de 1945, quando Hoecker se juntou ao comandante Richard Baer e fugiu para a Alemanha. Depois que o Terceiro Reich chegou ao fim, em maio de 1945, ele retomou seu trabalho num banco de uma pequena cidade.
Quando a Alemanha Ocidental do pós-guerra passou a se confrontar cada vez mais com o passado nazista, Hoecker foi apontado, em 1965, como responsável pela morte de milhares de prisioneiros de Auschwitz, tendo passado cinco anos na prisão. Segundo informa o museu em Nova York, ele faleceu em 2000, aos 88 anos.
O álbum de Karl Hoecker, ofical da SS, também inclui fotos raras em Auschwitz de Josef Mengele, o médico nazista conhecido como o "anjo da morte", que realizou experimentos macabros com os prisioneiros dos campos de concentração, em nome da medicina.
As fotos dão uma idéia de como eram os homens que comandaram Auschwitz e como eles passavam o tempo, evidentemente alheios do horror pelo qual passavam os milhões de prisioneiros, vítimas do nazismo.
"É difícil avaliar que tipo de pessoas eram aquelas que dirigiam os campos de concentração. Essas fotografias únicas ilustram nitidamente o mundo alegre em que eles viviam, enquanto observavam o sofrimento inimaginável dos outros", diz a diretora do museu, Sara Blommfield.
Como se fossem férias
Hoecker, que foi auxiliar do comandante de Auschwitz de maio de 1944 até a evacuação, em janeiro de 1945, catalogou sua estadia no mais notório campo de concentração do genocídio perpetrado pelos nazistas como se estivesse documentando suas férias num idílio qualquer.
Ele é visto acendendo uma vela na árvore de natal, brincando com seu cachorro "pastor alemão" favorito ou entregando frutinhas silvestres para mulheres jovens, sentadas sobre uma cerca. Outros líderes do campo de concentração e oficiais nazistas também aparecem nas imagens.
Numa foto específica, Hoecker aparece sorrindo, rodeado por jovens mulheres e por um tocador de acordeão. A fotografia traz a legenda: "Chuva de um céu azul claro". Esta e outras imagens foram registradas quando as câmaras de gás e os fornos de Auschwitz já estavam em operação, num momento em que os judeus húngaros eram deportados para o campo.
Momentos despreocupados em pleno Holocausto
No mesmo dia em que Hoecker distribuía frutas silvestres para suas auxiliares femininas na cerca, 150 prisioneiros chegavam transportados para Auschwitz. A SS escolheu 21 homens e 12 mulheres para o trabalho e então matou os outros nas câmaras de gás, explica a diretora do museu.
Enquanto Hoecker iluminava a árvore de natal, em dezembro de 1944, as tropas soviéticas avançavam em direção ao oeste através da região que hoje é a Polônia. A libertação do campo de concentração aconteceria poucas semanas depois.
Os organizadores da mostra no museu afirmam que o álbum é a segunda coleção de fotografias tiradas em Auschwitz de que se tem conhecimento. O álbum foi doado recentemente por um oficial aposentado do serviço de inteligência norte-americano, que o encontrou abandonado num apartamento em Frankfurt, em 1946, um ano após ao fim de Segunda Guerra.
Fuga e pós-guerra
Os nazistas abandonaram Auschwitz em janeiro de 1945, quando Hoecker se juntou ao comandante Richard Baer e fugiu para a Alemanha. Depois que o Terceiro Reich chegou ao fim, em maio de 1945, ele retomou seu trabalho num banco de uma pequena cidade.
Quando a Alemanha Ocidental do pós-guerra passou a se confrontar cada vez mais com o passado nazista, Hoecker foi apontado, em 1965, como responsável pela morte de milhares de prisioneiros de Auschwitz, tendo passado cinco anos na prisão. Segundo informa o museu em Nova York, ele faleceu em 2000, aos 88 anos.
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