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Musk processa empresa dona do ChatGPT por lucrar com IA

1 de março de 2024

Bilionário alega que OpenAI, startup que cofundou em 2015, quebrou contrato ao colocar lucros à frente dos benefícios à humanidade.

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Mão segura um smartphone com a logomarca da OpenAI
OpenAI vem sendo "a cara" da inteligência artifical no mundoFoto: Michael Dwyer/AP/picture alliance

O bilionário Elon Musk processou a OpenAI, criadora do ChatGPT, e seu diretor-executivo, Sam Altman, por abandonarem a missão original da startup de desenvolver inteligência artificial para o benefício da humanidade e não para fins lucrativos.

A ação, protocolada na noite de quinta-feira em um tribunal da Califórnia (EUA), é o ápice da oposição de longa data de Musk à startup que ele cofundou e que, desde então, se tornou o rosto da IA generativa, em parte devido aos bilhões de dólares em investimento da Microsoft.

O bilionário alega quebra de contrato da OpenAI, argumentando que Altman e o cofundador Greg Brockman originalmente o abordaram para criar uma empresa de código aberto e sem fins lucrativos. No entanto, agora a startup criada em 2015 estaria focada em ganhar dinheiro.

Referindo-se à fundação da OpenAI, Musk disse que os três concordaram em trabalhar na inteligência artificial geral (AGI), um conceito no qual as máquinas poderiam realizar tarefas como um ser humano, mas de uma forma que "beneficiaria a humanidade".

A OpenAI também trabalharia em oposição ao Alphabet Inc, da Google, que Musk acredita estar desenvolvendo AGI com fins lucrativos e que representaria graves riscos à humanidade. Em julho passado, Musk fundou sua própria startup de inteligência artificial, a xAI.

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O polêmico GPT-4

De acordo com o processo movido por Musk, em 2023 a OpenAI minou o acordo de fundação ao lançar seu modelo de linguagem mais poderoso, o GPT-4, essencialmente como um produto da Microsoft.

Musk pede que a OpenAI seja obrigada a disponibilizar sua pesquisa e tecnologia ao público e seja impedida de usar seus ativos, incluindo GPT-4, para ganhos financeiros da Microsoft ou de qualquer indivíduo.

Contatados pela agência de notícias Reuters, a OpenAI, a Microsoft e Elon Musk não responderam aos pedidos de comentários.

Musk deixou o conselho da OpenAI em 2018 e em várias ocasiões pediu regulamentação sobre IA. No ano passado, ele esteve no grupo de políticos, especialistas, acadêmicos e empresários do setor tecnológico que pedia uma pausa de seis meses no desenvolvimento de sistemas mais poderosos que o GPT-4 da OpenAI, citando grandes riscos para a humanidade.

Desde a sua estreia, o ChatGPT tem sido adotado por empresas para uma ampla gama de tarefas, desde resumir documentos até escrever códigos de computador, desencadeando uma corrida entre grandes empresas de tecnologia para lançar suas próprias ofertas baseadas em IA generativa.

le (Reuters, ots)

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