Médico libera, mas Bolsonaro não irá a debates
18 de outubro de 2018O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) apresenta uma boa evolução clínica, mas ainda necessita de cuidados médicos, afirma um boletim divulgado nesta quinta-feira (18/10) pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
O cirurgião Antonio Luiz Macedo, que examinou Bolsonaro, declarou a jornais brasileiros que a participação do candidato em debates do segundo turno dependeria apenas de vontade própria.
Em entrevista à Agência Brasil, foi mais específico e disse que o debate deveria ser rápido, de no máximo 30 minutos, e que o candidato não poderia ficar de pé, mas acomodado numa poltrona confortável.
Contudo, mesmo após a liberação médica, o presidente do PSL, Gustavo Bebianno, afirmou que Bolsonaro não participará de nenhum debate na TV. "Ele não tem nenhuma obrigação de comparecer. É uma decisão não comparecer", afirmou em entrevista coletiva no Rio.
Esta é a primeira vez que a campanha admite que Bolsonaro não irá aos eventos televisivos. O capitão reformado, que justificou sua ausência em debates anteriores com seu estado de saúde, reconheceu na quarta-feira que não ir a debates poderia ser uma decisão estratégica.
O adversário de Bolsonaro no segundo turno, Fernando Haddad (PT), criticou a postura e disse que o capitão reformado tem medo de debater por não ter propostas para o país. Os candidatos ainda teriam dois debates pela frente: o da Record, no dia 21, e o da Globo, no dia 26.
Boletim médico
O boletim desta quinta-feira afirma que Bolsonaro foi submetido "a uma avaliação médica multiprofissional, de exames de imagem e laboratoriais, que se mostraram estáveis". A avaliação foi feita por médicos que viajaram até a residência do candidato, no Rio de Janeiro.
"[Bolsonaro] apresenta boa evolução clínica e a avaliação nutricional evidenciou melhora da composição corpórea, mas ainda exigindo suporte nutricional e fisioterapia. A colostomia apresenta boa evolução, mas ainda constitui uma limitação relativa", acrescenta o boletim.
O candidato do PSL foi esfaqueado em 6 de setembro, durante uma ação de campanha na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Atingido gravemente no intestino, foi operado duas vezes e precisou ser submetido a uma colostomia.
AS/lusa/efe/abr
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