Mínimas chances de localizar sobreviventes de naufrágio na Coreia
17 de abril de 2014As equipes de resgate retomaram nesta quinta-feira (17/04), em condições adversas e com expectativas cada vez menores de localizar sobreviventes, as buscas pelos mais de 270 desaparecidos no naufrágio de um navio na costa da Coreia do Sul, no dia anterior.
O número de mortos subiu para 25, segundo balanço divulgado pela guarda costeira no início da noite desta quinta-feira. Até este momento, 179 pessoas foram resgatadas, 50 delas feridas, segundo as informações oficiais. A causa do acidente segue desconhecida.
O número de pessoas a bordo do navio foi corrigido para 475 pelas autoridades. Entre elas estão 325 alunos de uma mesma escola. Eles iriam visitar a ilha turística de Jeju, a cerca de 100 quilômetros do continente.
A presidente sul-coreana Park Geun-hye visitou o local do acidente e instou o governo a prestar todo o apoio possível à operação de resgate. "Cada minuto que passa é crítico se há sobreviventes", afirmou Park durante a visita de barco ao local do acidente.
A prioridade das equipes de resgate é alcançar o interior do barco naufragado, onde podem estar os corpos de vários desaparecidos, algo que não está sendo fácil devido às fortes correntes marítimas e às águas turvas e frias, de cerca de 12 graus de temperatura. Em dez tentativas, os mergulhadores da Marinha e da guarda costeira não conseguiram alcançar o interior do barco.
O ministro da Segurança e da Administração Pública, Kang Byung-kyu, disse que as difíceis condições oferecem "enormes obstáculos" aos esforços de resgate e que as operações de busca foram suspensas até as 13h desta sexta-feira (horário local). A visibilidade submarina era de apenas 20 centímetros, segundo a agência de notícias chinesa Xinhua.
As chances de encontrar sobreviventes em águas com temperatura de 12 graus são baixas, afirmaram as equipes de resgate, citadas pelo jornal The Korea Herald. Mais de 160 barcos e 29 aviãos, assim como barcos de pesca, participam das operações de busca. Mais de 550 mergulhadores estão em operação.
AS/dpa/afp