Com sequelas da covid, Kimmich só volta a campo em 2022
10 de dezembro de 2021O meio-campista do Bayern de Munique Joshua Kimmich, que não se vacinou e se infectou com covid-19 no final de novembro, saiu da quarentena, mas não jogará novamente antes de 2022 devido às sequelas físicas, anunciou nesta quinta-feira (09/12) o clube alemão.
"Estou feliz que a quarentena acabou. Estou passando muito bem, mas ainda não posso treinar integralmente devido a infiltrações leves no pulmão", disse o jogador de 26 anos em um comunicado. "Vou fazer, por isso, um treino de reabilitação e mal posso esperar para regressar integralmente em janeiro", acrescentou.
O termo "infiltrações leves" nos pulmões indica que o vírus afetou os brônquios ou alvéolos – onde os pulmões trocam oxigênio e dióxido de carbono, segundo explicação do médico intensivista Christian Karagiannidis, em entrevista à agência de notícias DPA.
O meia ficará, assim, de fora dos últimos três jogos do campeonato agendados para dezembro, frente ao Mainz, Wolfsburg e Stuttgart.
O último jogo do atleta bávaro com seu clube foi em 6 de novembro, contra o Freiburg. Poucos dias depois, ele teve que deixar a seleção alemã por ter entrado em contato com seu companheiro de equipe Niklas Süle, que testou positivo para a covid-19. Em seguida, desfalcou a equipe por dois jogos em novembro, contra Liechtenstein e Armênia.
Kimmich foi colocado em quarentena novamente em 19 de novembro, por ter estado com uma pessoa infectada com o coronavírus e, em seguida, ele mesmo testou positivo. Por conta disso, ele foi punido pelo Bayern, juntamente com outros atletas do clube, e teve seu salário cortado durante o tempo em que ele deixa de atuar devido ao isolamento.
Escândalo
Em outubro, o jogador se tornou centro de um debate acalorado sobre vacinação ao admitir que não se vacinou contra o coronavírus, argumentando preocupações com supostas sequelas de longo prazo. Especialistas enfatizaram que tais preocupações são totalmente infundadas, acrescentando que contrair o vírus pode ser letal para pessoas de todas as idades e níveis de condicionamento físico.
A decisão de Kimmich de não se vacinar gerou acalorados debates na Alemanha. Até o então ministro do Interior do governo Merkel, o também bávaro Horst Seehofer, pediu que o atleta se vacinasse.
Muitos, na imprensa e na política, o censuraram por ter enviado um sinal negativo em um país onde a taxa de vacinação está entre as mais baixas da Europa Ocidental (69,3% da população adulta está completamente imunizada).
md (AFP, DPA)