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Nos pênaltis, Espanha vence Itália e fará final com o Brasil

Rafael Plaisant28 de junho de 2013

Após 0 x 0 no tempo normal e na prorrogação, espanhóis são impecáveis na disputa por pênaltis, passam pelos italianos em Fortaleza e farão aguardada decisão contra a seleção brasileira no Maracanã.

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Foto: picture-alliance/dpa

Itália e Espanha entraram em campo nesta quinta-feira (17/06), no Castelão, empatados em todos os critérios no histórico de confrontos. E assim saíram. A diferença, sutil, foi uma única cobrança desperdiçada na disputa por pênaltis, que acabou dando à Fúria a vaga na final da Copa das Confederações contra o Brasil, depois do 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação.

De tão parelho, o confronto teve equilibrio até na posse de bola, algo louvável diante da Espanha e digno de aplausos à Itália, que, com muita raça, conseguiu heroicos 46%. Em termos de chances, o primeiro tempo foi italiano. E o segundo, espanhol. Da mesma forma se deu a prorrogação, em que cada seleção acertou uma bola na trave.

Iguais na incompetência de marcar durante o jogo, Espanha e Itália foram quase idênticas na disputa por pênaltis, terminada em 7 a 6. Fora a cobrança chutada para o alto por Bonucci à lá Roberro Baggio, todos os pênaltis foram convertidos, dos dois lados, com rara categoria. Candreva, em gesto de frieza, chegou a ousar uma cavadinha.

Com o chute de Bonucci, foi-se a esperança italiana de uma revanche da Eurocopa de 2012, vencida por 4 a 0 pela Espanha. E concretizou-se a final, sonhada por muitos, entre brasileiros e espanhóis, no próximo domingo, no Maracanã.

"Foi uma partida muito difícil. Pênaltis são uma loteria, tivemos sorte e vamos disputar mais uma final, o que é algo inesquecível para esta geração e todos os espanhóis", disse Casillas.

FIFA Confederations Cup 2013
De Rossi disputa bola com Arbeloa: confronto foi marcado pelo equilíbrio e por jogadas limpasFoto: picture-alliance/dpa

O jogo

Os primeiros minutos pareciam apontar para o previsto – a Espanha dominando o jogo e, aos poucos, construindo o placar. Mas com boa marcação e rápidos contra-ataques, a Itália logo conseguiu igualar a partida e teve, inclusive, as melhores chances do primeiro tempo.

Foram pelo menos cinco chances claras de marcar. Entre os minutos 16 e 18, ápice da blitz italiana no primeiro tempo, o goleiro Casillas levou três grandes sustos em três cabeçadas – de De Rossi, Giaccherini e Maggio.  

A Espanha mantinha a posse de bola – foram 62% até o intervalo – mas não conseguia transformar isso em chances reais de gol. A Itália voltou a assustar aos 35 minutos, desta vez com ainda mais perigo. No lance, Giaccherini fez boa jogada pela esquerda e cruzou na cabeça de Maggio, que, já dentro da pequena área, completou para o gol, mas viu Casillas fazer grande defesa.

A melhor chance espanhola no primeiro tempo foi um minuto depois, com Fernando Torres. Como elemento surpresa, o zagueiro Sérgio Ramos avançou com a bola até o meio-campo e deu passe longo para o atacante, que, de costas para o gol, girou, tirou um defensor do lance e chutou à esquerda de Buffon.

Na volta dos vestiários, foi a Espanha que assustou primeiro. Logo aos 3 minutos, Iniesta tabelou com Torres e, frente a frente com Buffon, chutou para fora. E passou, a partir de então, a ter as melhores chances da partida.

FIFA Confederations Cup 2013
Itália e Espanha tiveram quase o mesmo número de chances de marcar, mas não conseguiram tirar o zero do placarFoto: picture-alliance/dpa

As duas melhores oportunides foram com Pedro, que lançado nas costas da zaga por Alba chutou para fora diante de Buffon, e com Piqué, já aos 39 minutos. No lance, o zagueiro recebeu sozinho na entrada da área e finalizou de primeira, porém longe da meta italiana.

O ritmo da partida nos minutos finais do tempo regulamentar já demonstrava que os jogadores sentiam o calor em Fortaleza. A situação ficou ainda mais evidente na pausa, antes da prorrogação. Muitos, como Pirlo, tinham sacos de gelo na nuca na tentativa de aliviar o tempo abafado.

Na prorrogação, as duas equipes pareciam cansadas demais para se arriscar. Mesmo assim, Giaccherini, num chute forte, ainda carimbou a trave de Casillas. A Espanha, por sua vez, insistiu nas bolas cruzadas e só conseguiu assustar realmente nos lampejos de Iniesta. Num deles, Alba recebeu belo passe dele dentro da área, mas desperdiçou.

Na segunda etapa do tempo extra, enquanto os italianos caíam de cãibras no gramado, os espanhóis buscavam o gol. E tiveram, de fato, seguidas chances de marcar. Em chute de fora da área, Xavi chegou a acertar a trave de Buffon e, já nos acréscimos, dentro da pequena área, Javi Martínez tentou completar cruzamento de letra, mas errou o alvo.

Na disputa por pênaltis, fizeram para a Itália Candreva, de cavadinha, Aquilani, De Rossi, Giovinco, Pirlo e Montolivo. Bonucci foi o único a desperdiçar. Pelos espanhóis, converteram Xavi, Iniesta, Piqué, Sérgio Ramos, Juan Mata, Busquets e Jesús Navas.

Ficha técnica

Local: Castelão – Fortaleza

Cartões amarelos: De Rossi (Itália), Piqué (Espanha)

Disputa por pênaltis: Convertidos - Candreva, Aquilani, De Rossi, Giovinco, Pirlo e Montolivo (Itália); Xavi, Iniesta, Piqué, Sérgio Ramos, Juan Mata, Busquets e Jesús Navas (Espanha). Desperdiçados - Bonucci (Itália)

Arbitragem: Howard Webb (Inglaterra), auxiliado por seus compatriotas Michael Mullarkey e Darren Cann.

Espanha: Iker Casillas; Álvaro Arbeloa, Gerard Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Sergio Busquets, Xavi Hernández, David Silva (Jesus Navas) e Andrés Iniesta; Pedro Rodríguez (Juan Mata) e Fernando Torres (Javi Martínez). Técnico: Vicente del Bosque.

Itália: Gianluigi Buffon; Christian Maggio, Leonardo Bonucci, Giorgio Chiellini e Andrea Barzagli (Riccardo Montolivo); Daniele De Rossi, Antonio Candreva, Claudio Marchisio (Alberto Aquilani), Andrea Pirlo e Emanuele Giaccherini; Alberto Gilardino. Técnico: Cesare Prandelli.