Novas pesquisas sobre efeitos dos celulares para saúde de usuários
28 de janeiro de 2002Alguns cientistas continuam a advertir contra a utilização destes equipamentos, sublinhando que mesmo que estes não contribuam para o desenvolvimento de doenças graves como o câncer, podem provocar dores de cabeça e zumbidos nos ouvidos. A comunidade científica também não está de acordo quanto às conseqüências da utilização de fones de ouvido. Em agosto de 2000, o governo britânico tinha aconselhado o seu uso, afirmando que tais dispositivos reduzem consideravelmente o nível das radiações. No entanto, a associação britânica de consumidores publicou dois estudos, sugerindo que o uso dos fones de ouvido podem expor o cérebro a três vezes e meia mais radiações do que na utilização direta dos celulares.
Informações insuficientes –
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma não existir informação suficiente que permita determinar se os celulares ou as antenas difusoras de sinal têm conseqüências negativas para a saúde. "Nenhuma pesquisa recente demonstrou que a exposição aos campos de freqüência dos celulares ou das suas estações base cause algum efeito adverso à saúde", afirma um comunicado da OMS. No entanto, a Agência Internacional para a Investigação do Câncer, ligada à própria OMS, citou em junho de 2001 os campos magnéticos de baixa freqüência (entre 50 e 60 hertz) como possível causa de câncer.Por outro lado, um estudo do centro francês de pesquisas Tecnolab sugere que a exposição a campos eletromagnéticos gerados por televisões ou celulares, por exemplo, poderia causar alterações biológicas sutis, não havendo prova, contudo, de que isto provoque qualquer doença. Os pesquisadores admitem a possibilidade de estes campos de radiação poderem afetar determinados indivíduos em conseqüência da sua predisposição genética ou de condições ambientais específicas.