O preço da hiperinflação na Venezuela
A moeda venezuelana não vale praticamente nada. Mudando seu nome para "bolívar soberano" e cortando cinco zeros, o governo Maduro promete melhorar a economia. Mas segundo especialistas a inflação seguirá descontrolada.
Frango milionário
Quem quer fazer compras na capital venezuelana, Caracas, tem que enfrentar longas filas e, até antes da reforma monetária, trazer montes de dinheiro vivo. Esse frango de pouco mais de dois quilos custava 14,6 milhões de bolívares, o equivalente a dois euros. As fotos desta galeria são de Carlos Garcia Rawlins, da agência Reuters.
Dinheiro sem valor
Cerca de 5 milhões de bolívares era o que se cobrava por um quilo de tomates. Apenas cerca de 40 centavos de euro, mas para os venezuelanos, muito mais, já que seus salários e economias se desvalorizam a cada dia. Segundo o FMI, em 2018 a inflação no país poderá chegar a 1 milhão por cento.
Fuga em massa
Quem precisa de papel higiênico, paga 2,6 milhões de bolívares por um rolo – se conseguir achar o artigo, pois é quase impossível obter muitos produtos do dia a dia. Os gargalos de abastecimento já levaram mais de 2 milhões de habitantes a deixar país, segundo dados da ONU.
Higiene como luxo
Um pacote de absorventes custava 5,5 milhões de bolívares, até que, em 20 de agosto de 2018, o governo socialista de Nicolás Maduro cortou cinco zeros da moeda nacional. Novas cédulas estão sendo impressas.
O próprio peso em dinheiro
Dois milhões e meio de bolívares pesam mais ou menos um quilo, e com eles se pode comprar, justamente, um quilo de arroz. A nova moeda se chama bolívar soberano. Mas esta não é primeira reforma monetária sob o governo socialista na Venezuela.
"Forte"... "soberano"...
Um pacote de fraldas passará de 8 milhões de bolívares a 80 bolívares soberanos. Menos de dez anos atrás, o governo venezuelano já substituíra o bolívar pelo bolívar fuerte, cortando três zeros.
Mudança em vão
Com a nova moeda, este quilo de queijo passará a custar "apenas" 75 bolívares soberanos. No entanto, especialistas partem do princípio que a inflação seguirá galopante, como nos anos anteriores. A reforma monetária provavelmente não trará nenhum benefício à população da Venezuela.