O que sobrou da Guerra Fria
Fotos de antigas bases militares, bunkers, áreas de exercícios militares, equipamentos de vigilância e memoriais podem ser vistas na mostra "Relíquias da Guerra fria" até agosto no Museu Histórico Alemão em Berlim.
Bunker no Mar Báltico
De 1998 a 2009, o fotógrafo holandês Martin Roemers captou imagens em dez países europeus, dos dois lados da Cortina de Ferro. A chamada Guerra Fria começou depois do fim da 2ª Guerra Mundial e terminou com a queda do Muro de Berlim, em 1989. Não chegou a haver derramamento de sangue, mas muitos momentos de tensão e ameaças nucleares. Na foto, um bunker antes de afundar no Mar Báltico, na Letônia.
Esperando a 3ª Guerra
Bunkers, bases para mísseis e dispositivos de escuta: tanto o Leste Europeu quanto a Europa Ocidental tentaram se proteger de possíveis ataques. Armar-se com equipamentos pesados foi tendência na época, principalmente nas Alemanhas Ocidental e Oriental. O mundo se preparou para uma terceira guerra. Na foto, o depósito de suprimentos das Forças Armadas alemãs no abrigo nuclear em Lorch.
Área de treino dos soviéticos
O Museu Histórico Alemão, em Berlim, apresenta algumas das 78 fotografias de Martin Roemers até 14 de agosto de 2016. Entre elas, estes restos de munição em um antigo campo de treinamento das tropas soviéticas.
Nova Guerra Fria?
Embora em fevereiro o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, tenha falado de uma nova Guerra Fria, o fotógrafo não acha isso. Martin Roemers diz que não é ativista político, sua intenção é documentar o que guerras fazem com seres humanos e paisagens.
Um local ao longo da história
Em Altengrabow, na Saxônia, Martin Roemers fotografou uma antiga área de treinamento militar de tropas soviéticas. Antes, o local também já havia servido de campo de treinos dos soldados do Império Alemão e mais tarde, dos nazistas. E hoje? O local nem é tão deserto quanto parece na foto. Ali treinam as Forças Armadas alemãs.
Luz no fim do túnel
As fotos de Roemers não são históricas. Ele fotografou os locais depois que foram deixados pelos militares ao fim da Guerra Fria. O charme das imagens é justamente seu estado em ruínas. O que atraiu o fotógrafo foram os momentos em que a natureza toma conta dos locais e dos materiais bélicos. Na foto, a saída de um abrigo nuclear no Reino Unido.