O resgate do Costa Concordia
A operação para reerguer o Costa Concordia foi iniciada nesta segunda-feira (16/09). O navio de cruzeiro está adernado desde que colidiu com um rochedo próximo à pequena ilha italiana de Giglio, em janeiro de 2012.
Finalmente, na vertical
Às 4h desta terça-feira (17/09) em Giglio, o navio de cruzeiro Costa Concordia, embarcação de 290 metros de comprimento, finalmente foi recolocado na posição vertical. A Operação Parbuckling – nome em inglês que se refere a esse tipo de procedimento – foi um sucesso e é considerada a maior do gênero no mundo. O Costa Concordia naufragou em janeiro de 2012.
A última viagem
Por mais de 19 horas, o projeto foi levado adiante "com muito cuidado e segurança", como explicou o engenheiro Franco Porcellachia. Em torno de 500 pessoas de 26 países diferentes estiveram envolvidas nos esforços de resgate do Costa Concordia. Apenas em 2014, quando as tempestades do inverno europeu cessarem, o navio poderá ser rebocado até o local onde será desmontado.
Trazendo à tona o enorme navio
Os esforços para reerguer o Costa Concordia começaram nesta segunda-feira (16/09), após um adiamento em razão de uma tempestade. Um complexo sistema de roldanas, contrapesos e enormes correntes foi utilizado para deslocar o navio num ângulo de 65 graus, para a posição vertical, no intuito de rebocá-lo. Esta é a primeira vez que uma operação desse tipo é realizada com um navio desse porte.
Vinte meses encalhado
Desde 13 de janeiro de 2012 o navio de 114.500 toneladas de aço está deitado lateralmente sobre um rochedo na ilha italiana de Giglio. Uma estrutura flutuante com contêineres para abrigar os trabalhadores, além de enormes guindastes, foram trazidos para recolocar a embarcação na posição vertical e posteriormente rebocá-la até o local onde será desmontada.
Missão cara e complexa
O maior resgate da história marítima ocorre lentamente. Especialistas afirmam que ele será mais longo e caro do que se esperava. É uma das mais complexas operações de resgate marítimo jamais executada. A operadora Costa Cruises estima que o custo já está em 600 milhões de euros e continua aumentando.
Atração turística
O naufrágio acabou virando atração para os turistas. Barcos de passeio levam visitantes a Giglio para ver de perto o navio adernado. Até mesmo navios de cruzeiro navegam próximo ao Costa Concordia.
Banho de sol com vista para o naufrágio
Durante o verão, os banhistas lotam as muitas praias de Giglio. O prefeito, Mario Ortelli, está feliz que a ilha não sofreu economicamente com o desastre. Ainda assim, as 32 mortes ocorridas no naufrágio ainda assustam muita gente.
Presos sob o deck
Membros da equipe de resgate, como esse mergulhador no salão de jantar do navio, revistaram a embarcação em busca de sobreviventes. Um total de 4.267 passageiros e tripulantes conseguiram se salvar utilizando os botes salva-vidas ou mesmo nadando até a costa. Os que morreram estavam presos sob o deck do navio.
O capitão no tribunal
"Salve-se quem puder!". Esse parece ter sido o pensamento do capitão do navio, Francesco Schettino. Ele abandonou a embarcação num bote salva-vidas antes mesmo dos passageiros e acabou indo parar no tribunal. O Costa Concordia navegava muito próximo à costa ao colidir com uma rocha. Schettino ficou conhecido na imprensa italiana como o "Capitão Covarde".
Indústria dos cruzeiros de vento em popa
O ramo dos cruzeiros marítimos não foi afetado após o incidente do Costa Concordia. Apesar do declínio nas reservas, sentido pelas operadoras de turismo no mês de janeiro de 2012, no resto do ano as empresas tiveram crescimento recorde de dois dígitos nos negócios.
Lições tiradas do acidente
O Clube Alemão do Automóvel (ADAC) certificou a maioria dos navios de cruzeiro com equipamentos de segurança e equipes profissionais. Mas alguns problemas foram detectados: exercícios para a evacuação de passageiros são ainda muito superficiais, por exemplo, e anteparas que deveriam prevenir a entrada de água nas embarcações em alto mar não estão sempre seladas.