Obama assina lei de combate à influência do Irã na América Latina
29 de dezembro de 2012O governo dos EUA quer limitar uma alegada influência iraniana na América Latina, através de uma nova lei prevendo uma estratégia diplomática e política para a região. O presidente dos EUA, Barack Obama, assinou nesta sexta-feira (28/12) a Countering Iran in the Western Hemisphere Act ou Lei de Combate à Influência do Irã no Hemisfério Ocidental , que já havia sido aprovada pelo Legislativo.
O Departamento de Estado tem agora 180 dias para desenvolver um plano para lidar com "o crescimento da presença hostil e da atividade do Irã" na região.
A lei também determina que o governo norte-americano reforce a segurança nas fronteiras com o Canadá e México, para impedir a entrada nos Estados Unidos de "agentes do Irã, da Guarda Revolucionária Iraniana, do Hisbolá ou de qualquer outra organização terrorista". Ainda segundo a medida, na América Latina deve ser desenvolvido um plano de ação para combater o "terrorismo e a radicalização", para isolar o Irã e seus aliados.
Sem evidências diretas
Washington já afirmou várias vezes "monitorar atentamente" as atividades de Teerã na América Latina. Entretanto, segundo altos funcionários do Departamento de Estado e de agências de inteligência, não há evidência direta de atividades ilegais do Irã na região.
Desde 2005, o país, criticado internacionalmente por seu controverso programa nuclear, já abriu seis novas embaixadas e 17 centros culturais em países da América Latina, entre eles, o Brasil. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, tem visitado a região regularmente. O Irã tem relações especialmente estreitas com Bolívia, Equador e Venezuela, onde o país islâmico vem reforçando seus investimentos.
Segundo o texto da lei, relatos sugerem o "apoio indireto do governo iraniano a atividades do Hisbolá na área de tríplice fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai".
MD/afp/lusa
Revisão: Carlos Albuquerque