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Obama confirma sanções a sete venezuelanos

9 de março de 2015

Obama declara emergência nacional nos EUA devido à situação de "extraordinário risco" na Venezuela. Entre os afetados pelas retaliações estão militares e membros dos serviços de inteligência.

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Foto: Reuters/K. Lamarque

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou nesta segunda-feira (09/03) a aplicação de novas sanções a sete altos funcionários do governo da Venezuela, com a alegação de que eles colaboraram para a violação dos direitos humanos de opositores.

"Autoridades venezuelanas, do passado e do presente, que violam direitos humanos de cidadãos e se envolvem em atos de corrupção pública não serão bem-vindos aqui, e agora temos as ferramentas para bloquear seus bens e a utilização dos sistemas financeiros dos EUA", disse a Casa Branca, em comunicado.

A medida já havia passado pelo Congresso americano em dezembro, mas só foi sancionada pelo presidente Obama nesta segunda-feira.

Entre os sancionados estão o diretor-geral do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), Gustavo Enrique González López; o ex-diretor de operações da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), Antonio José Benavides Torres; o ex-comandante-geral da GNB Justo José Noguera Pietri; e a promotora pública Katherine Nayarith Haringhton Padrón, que havia acusado o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, de conspiração para cometer um golpe de Estado.

A lista inclui também o diretor da Polícia Nacional, Manuel Eduardo Pérez Urdaneta; o ex-diretor do Sebin Manuel Gregorio Bernal Martínez; e o inspetor-geral das Forças Armadas Bolivarianas (Fanb), Miguel Alcides Vivas Landino.

"Estamos profundamente preocupados com o aumento das iniciativas do governo venezuelano para intimidar os seus opositores políticos", disse a Casa Branca. Os sete sancionados estão proibidos de entrar nos Estados Unidos e tiveram seus bens congelados.

Obama declarou ainda "emergência nacional" nos EUA devido ao "extraordinário risco" que representa a situação na Venezuela para a segurança americana. Washington pediu um fim à perseguição de críticos do governo Nicolás Maduro.

À medida que a situação da economia da Venezuela piora, Maduro aumenta o discurso anti-EUA. Recentemente, seu governo ordenou que o número de diplomatas na embaixada dos EUA fosse reduzido de 100 para 17 e começou a exigir visto de americanos.

Em fevereiro, a oposição lançou protestos contra graves problemas econômicos, incluindo a alta inflação e a escassez de bens de consumo, crimes e opressão política. Nas manifestações, mais de 40 pessoas foram mortas, centenas ficaram feridas e milhares foram presas.

PV/lusa/dpa/efe/rtr