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Obama promete destruir "Estado Islâmico"

7 de dezembro de 2015

Em primeiro pronunciamento dos últimos cinco anos, presidente americano pede que população não tenha medo de terrorismo e convoca muçulmanos para lutar contra "ideologias extremistas".

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Foto: picture-alliance/dpa

Pela primeira vez em cinco anos, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez neste domingo (06/12) um pronunciamento à nação, no qual pediu aos americanos para não ter medo do terrorismo e prometeu combater o grupo extremista "Estado Islâmico" (EI).

"A ameaça do terrorismo é real, mas vamos superá-la. Destruiremos o EI e outras organizações que tentem nos prejudicar", disse Obama e prometeu que as Forças Armadas Americanas continuarão caçando terroristas no exterior e trabalhando com parceiros locais no Iraque e na Síria no combate ao "Estado Islâmico".

O presidente rejeitou, porém, o envio de tropas terrestres para esses países. Obama falou ainda sobre o ataque a uma festa de fim de ano de funcionários do departamento de saúde de San Bernardino, na Califórnia, que deixou 14 mortos na quarta-feira.

Ele disse que os atiradores – Syed Rizwan Farook e sua esposa, Tashfeen Malik – aparentemente se radicalizaram, mas não pertenciam a nenhuma organização terrorista. Obama afirmou que, com aumento da eficácia de serviços de inteligência em prevenir grandes atentados, a guerra contra o terrorismo entrou em uma nova fase nos últimos anos, pois os grupos têm conquistado seguidores pela internet que estariam dispostos a cometer pequenos ataques.

"Vemos esforços crescentes de terroristas para envenenar a mente das pessoas, como nos ataques a bomba na maratona de Boston ou os assassinos de San Bernardino", acrescentou o presidente e pediu para que os muçulmanos ajudem no combate a "ideologias extremistas".

"Não podemos nos virar uns contra os outros e deixar que essa luta seja definida com uma guerra entre a América e o Islã. Isso não significa, porém, negar o fato de que a ideologia extremista se espalhou em algumas comunidades muçulmanas. É um problema real que muçulmanos precisam enfrentar", disse.

Controle de armas

Obama também se dirigiu ao Congresso e pediu que uma legislação mais rígida de controle de armas fosse aprovada. Os atiradores de San Bernardino possuíam um verdadeiro arsenal de armas, compradas legalmente. Somente no carro do casal, a polícia encontrou mais 1.600 cartuchos de munição.

Esse foi o primeiro pronunciamento de Obama à nação desde agosto de 2010, quando o presidente anunciou o fim das operações de combate no Iraque.

CN/dpa/afp