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Obama promete retirada total do Afeganistão até 2016

27 de maio de 2014

Após mais de uma década de guerra, presidente americano anuncia que até o fim de 2014 presença militar americana passará dos atuais 33 mil soldados para menos de 10 mil. Depois, será reduzida gradualmente a zero.

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Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta terça-feira (27/05) que reduzirá até o fim deste ano de 33 mil para 9.800 o número de soldados no Afeganistão. A retirada total das tropas de combate, segundo ele, ocorrerá até 2016, pondo fim a mais de uma década de presença militar americana no país.

O plano é reduzir gradualmente a presença militar americana nos próximos dois anos. Em meados de 2015, a cifra de 9.800 soldados será reduzida pela metade e, até 2016, continuarão no Afeganistão apenas forças relacionadas à segurança de serviços diplomáticos, de forma similar ao que ocorre hoje no Iraque.

"Estivemos no Afeganistão por mais tempo do que muitos americanos esperavam", disse Obama no jardim da Casa Branca. "Agora estamos terminando o trabalho que começamos."

O presidente americano deixou claro, porém, que a presença militar americana após 2014 dependerá de um acordo com o governo afegão, que já está sendo negociado. O acordo, disse Obama, é essencial para "garantir a autoridade necessária que as tropas precisam para exercer seu trabalho, respeitando a soberania" do Afeganistão.

Obama Überraschungsbesuch in Afghanistan 25.05.201
Obama em visita ao AfeganistãoFoto: Reuters

No discurso, antecipando possíveis críticas, Obama afirmou que o futuro do país precisa ser decidido pelos próprios afegãos: "Temos que reconhecer que o Afeganistão não será um lugar perfeito, e não é responsabilidade dos EUA torná-lo um."

No domingo, o presidente americano visitou as tropas no Afeganistão e conversou, por telefone, com o presidente Hamid Karzai. O atual chefe de Estado afegão, no poder há uma década, se recusa a assinar o acordo mencionado por Obama. Mas ele deixará o cargo após as eleições de junho, e os dois principais candidatos — Abdullah Abdullah e Ashraf Ghani — já disseram que assinarão o pacto.

RPR/ rtr/ afp/ ap