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OMS diz que surto de Mers na Coreia do Sul é complexo

13 de junho de 2015

Comitê de emergência da Organização Mundial da Saúde se reúne na terça-feira para discutir a evolução da doença, que já matou 14 pessoas e infectou outras 138 no país. Mais 12 novos casos foram registrados.

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Foto: picture-alliance/dpa

O comitê de emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou neste sábado (13/06) que vai se reunir na próxima terça-feira para discutir a evolução da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, na sigla em inglês) na Coreia do Sul. A entidade definiu o surto como "amplo e complexo" e afirmou que espera o aparecimento de mais casos da doença.

Neste sábado, foram anunciados 12 novos casos, incluindo o motorista de uma ambulância que transportou um infectado.

No total, pelo menos 14 pessoas morreram e outras 138 foram infectadas no país pelo coronavírus desde o primeiro diagnóstico, realizado a 20 de maio, num homem que tinha estado na Arábia Saudita e em outros países do Golfo Pérsico.

A reunião do comitê de emergência foi convocada na sexta-feira pela diretora-geral da OMS, Margaret Chan, e será o nono encontro deste grupo de especialistas – localizados em distintas partes do mundo e que se comunicam através de teleconferência – dedicado à Mers.

A maioria das reuniões abordou a presença da síndrome na Arábia Saudita, onde mais de 950 pessoas foram contaminadas e 412 morreram desde 2012.

Os peritos do comitê vão avaliar as novas informações que possam ter surgido sobre as características epidemiológicas da doença. Segundo confirmou uma missão especial enviada pela OMS à Coreia do Sul, o vírus não sofreu mutações genéticas. A mesma missão constatou que o padrão de contágio é igual ao que foi observado no Oriente Médio.

O Mers é um vírus mais fatal, mas não se propaga tão rapidamente como o responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars, na sigla em inglês) que, em 2003, fez cerca de 800 mortos em todo o mundo.

O vírus da Mers provoca infecção pulmonar, e os afetados sofrem de febre, tosse e dificuldades respiratórias. Não há, por enquanto, vacina ou tratamento para a enfermidade, cuja taxa de mortalidade é de cerca de 35%, de acordo com a OMS.

MD/lusa/rtr