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Opinião: Os terroristas não devem triunfar

14 de novembro de 2015

Tudo indica que os terríveis ataques em Paris foram obra de terroristas islâmicos. O mundo civilizado necessita de uma vez por todas de um plano de ação, afirma o correspondente em Bruxelas Bernd Riegert.

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A França foi atacada. A Europa está em choque. O alvo desses terroristas covardes não são apenas as vítimas aleatórias em Paris, mas todos nós, todas as pessoas civilizadas, toda a humanidade, como disse o presidente americano, Barack Obama.

Com estarrecimento e fúria temos de acompanhar como terroristas desencadeiam ações simultâneas e matam indiscriminadamente. A França, a Europa, o mundo devem agora se erguer juntos e contra-atacar. Os terroristas, aparentemente islâmicos, devem ser combatidos com todos os meios. Os responsáveis, os líderes espirituais desses assassinatos sem escrúpulos, estejam eles na Síria, no Iraque ou em qualquer outro lugar, devem ser localizados e eliminados o mais rapidamente possível. O assim chamado "Estado Islâmico" declarou guerra não apenas à França, mas a todas as pessoas livres.

Em nome de valores franceses na sua origem, como liberdade, igualdade, humanidade, o mundo deve se levantar contra o terrorismo. A cúpula das 20 maiores economias do mundo, que começa neste domingo em Antália, oferece uma oportunidade para isso. Os Estados Unidos, a Rússia e talvez até tropas da Otan da Europa devem atuar juntas, na Síria e no Iraque, contra o grupo terrorista "Estado Islâmico", e isso o mais rapidamente possível.

Depois dos atentados em Paris, em janeiro, aconteceu uma impressionante marcha de solidariedade, reunindo políticos de todo o mundo. Foi um belo gesto, mas isso não é mais suficiente. Esses assassinos inescrupulosos aparentemente só entendem a linguagem da violência.

O recrutamento de potenciais autores de atentados entre a juventude europeia foi tolerado por tempo demais. A radicalização deve ser prevenida de forma enérgica. Se cidadãos europeus vão para a Síria ou para o Iraque, com o objetivo de lá se tornarem jihadistas, é necessário no mínimo impedir com todos os meios que eles retornem para a Europa.

Todos os outros conflitos entre Estados devem agora ser postos de lado. Pois o que aconteceu pode atingir qualquer um. Na Rússia também houve um alerta terrorista na sexta-feira. A Turquia foi alvo de ataques terroristas em outubro. Madri e Londres vivenciaram isso em 2004 e 2005. Ninguém sabe ao certo quais células terroristas aguardam para agir na Europa ou nos Estados Unidos. E a comunidade internacional ainda poderá se ocupar do destino do presidente sírio, Bashar al-Assad, depois que o sinistro poder do Estado Islâmico for quebrado.

À crise do refugiados na Europa soma-se agora também uma crise terrorista, uma ameaça imprevista. Agora a Europa terá realmente que comprovar que consegue permanecer e trabalhar unida. A segurança de todos os cidadãos está sendo ameaçada. A vida pacífica está em perigo. A resposta dos líderes políticos na Europa, nos Estados Unidos e na Rússia devem ser em alto e bom tom: nos vamos nos defender!