Dinamarca: Oposição questiona falha na segurança
17 de fevereiro de 2015Partidos de oposição da Dinamarca exigiram nesta terça-feira (14/02) que o governo analise se as forças de segurança do país falharam ao não reconhecer sinais de alerta sobre o atirador que perpetrou os ataques em Copenhague no fim de semana.
A exigência dos oposicionistas veio após o Serviço Prisional e de Liberdade Condicional da Dinamarca afirmar que havia reportado preocupações quanto às "ideias extremistas" do atirador ao Serviço de Inteligência do país (PET), enquanto ele estava sob custódia.
O serviço prisional não deu detalhes, mas de acordo com o jornal Berlingske, o homem identificado como Omar Abdel Hamid el-Hussein havia declarado que desejava se juntar aos jihadistas do "Estado Islâmico" na Síria.
Em comunicado, o serviço de inteligência reconheceu que as autoridades prisionais haviam alertado sobre o atirador no ano passado, mas afirmou que o relatório obtido em setembro não levava a crer que Hussein estivesse planejando um ataque.
A agência afirmou ainda que tinha informações sobre o suspeito, mas não forneceu detalhes. Segundo o Berlingske, autoridades judiciais e municipais não foram alertadas sobre as preocupações do serviço prisional.
"Precisamos saber exatamente o que aconteceu durante o processo e se erros foram cometidos pela polícia, pelo PET ou por terceiros", afirmou Pernille Skipper, do partido esquerdista Lista da Unidade. Exigências semelhantes foram feitas pelos oposicionistas do partido Liberal e do direitista Parido do Povo Dinamarquês.
Ameaça de bomba
As tensões continuaram na capital dinamarquesa nesta terça-feira. Pela manhã, a polícia voltou a isolar o local onde ocorreu o primeiro ataque no sábado, devido a uma suspeita de bomba.
Policiais e cães farejadores vasculharam o café Krudttønden após funcionários terem alertado as autoridades para uma carta suspeita. Mais tarde, as autoridades comunicaram que não foram encontrados explosivos no local.
RC/rtr/dpa/afp/ap