Opositor Leopoldo López volta para prisão domiciliar
6 de agosto de 2017O líder opositor venezuelano Leopoldo López foi levado no sábado (05/08) de volta para sua casa, sob detenção domiciliar, após permanecer cinco dias num presídio militar.
"Acabam de levar Leopoldo para casa. Seguimos com mais certeza e firmeza para se conseguir a paz e a liberdade da Venezuela!", escreveu Lilian Tintori, esposa do fundador do partido político Vontade Popular na rede social Twitter.
Nenhuma autoridade venezuelana comentou a medida. Depois da publicação da mensagem por Tintori, homens do serviço de inteligência venezuelano e várias pessoas encapuzadas começaram a chegar às portas da casa de López, no leste de Caracas.
O opositor foi tirado da sua residência pelo Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) na madrugada de terça-feira passada, de acordo com imagens das câmaras de segurança da residência.
Nesse mesmo dia foi suspensa a medida de detenção domiciliar do prefeito metropolitano de Caracas, o também opositor Antonio Ledezma. Segundo as autoridades, em ambos os casos havia risco de fuga. Ledezma voltou para casa na sexta-feira.
Histórico
López foi condenado em 2015 a quase 14 anos de prisão pelos delitos de incitação pública, associação para delinquir, danos a propriedade e incêndio, relacionados a distúrbios registrados numa marcha antigovernamental convocada por ele no ano anterior.
O opositor foi preso pela primeira vez em fevereiro de 2014, quando se entregou voluntariamente à polícia depois que uma ordem de prisão foi emitida contra ele seis dias depois do protesto. No início de julho deste ano, passou a cumprir prisão domiciliar após passar mais de três anos preso.
Diversos governos e organismo de direitos humanos consideram López um preso político, o que é rechaçado pelo governo do presidente Nicolás Maduro.
A família do oposicionista passou meses sem poder visitá-lo na prisão e, no final de junho, a esposa de López, Lilian Tintori, denunciou que o marido estava sendo torturado. A Anistia Internacional pediu às autoridades venezuelanas que investigassem o caso.
JPS/efe